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Amigos da Síria decidem reforçar apoio militar a rebeldes

16:24 | 22/06/2013
No Qatar, nações que apoiam oposição da Síria decidiram incrementar ajuda. Secretário de Estado dos EUA diz querer acabar com "desequilíbrio" a favor de Assad. Turquia e Alemanha aproveitam para buscar reaproximação. No comunicado final da reunião em Doha, capital do Qatar, os Amigos da Síria afirmaram neste sábado (22/06) ter concordado em "dar de forma urgente todo o material e equipamento necessário à oposição" para permitir que ela consiga responder aos "ataques brutais do regime e dos seus aliados e proteger o povo sírio".   O primeiro-ministro do Qatar, Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, afirmou que no encontro dos ministros do Exterior dos Amigos da Síria foram tomadas "decisões secretas sobre medidas práticas para mudar a situação na Síria".  Entre os participantes da reunião, estavam representantes do Reino Unido, Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Qatar, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos.  O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou ser a favor de uma solução política urgente para a guerra na Síria, mas disse também que os rebeldes necessitam de ajuda através de armas, para acabar com o "desequilíbrio" militar a favor das tropas governamentais. Ele alertou que a região pode ser tomada por um conflito "sectário caótico", caso o banho de sangue não pare. Nós chegamos a um acordo para deixar a situação mais equilibrada no campo de batalha, revelou. As forças leais a Assad têm conquistado vitórias significativas recentemente. Ele acrescentou que a intenção não é apoiar os rebeldes para garantir uma vitória militar, mas reforçá-los, tendo como meta um equilíbrio que aumente as chances de sucesso de possíveis negociações de paz com Damasco. Tentando o entendimento      O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, encontrou o seu colega turco, Ahmet Davutoglu, neste sábado, no âmbito da reunião dos Amigos da Síria. O encontro foi agendado com o objetivo de reduzir as tensões causadas pelas críticas da União Europeia à repressão às manifestações na Turquia. Westerwelle informou que a conversa ocorreu em atmosfera construtiva e amigável e que foram debatidas questões relativas às da Turquia com a União Europeia. Na véspera, o ministro turco para relações com a União Europeia, Egeman Bagis, criticou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, por ela ter reprovado a atuação do governo turco em relação às manifestações no país. Para ele, Merkel tentou obter ganhos políticos domésticos. A discussão ganhou mais um ingrediente quando diplomatas alemães e holandeses demonstraram reservas em abrir mais um capítulo nas negociações sobre a adesão da Turquia na União Europeia, que seriam instaladas  na próxima semana. O porta-voz do Ministério do Exterior da Alemanha insistiu, entretanto, que a resposta do governo turco às manifestações não teria relação com as discussões sobre um possível ingresso da Turquia na União Europeia. MP/dw/afp/ap

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