Turquia acusa grupos ligados a Assad por explosões
O secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, condenaram veementemente o ataque. Ban Ki-moon ofereceu condolências às famílias das vítimas e ao povo turco e disse esperar que os responsáveis sejam identificados rapidamente e levados à justiça, segundo o porta-voz da ONU Martin Nesirky.
"Essa notícia horrível nos atinge de forma mais pessoal, já que temos uma parceria estreita com a Turquia, e muitas vezes a Turquia foi um interlocutor essencial no meu trabalho como secretário de Estado nesses últimos três meses", disse Kerry, em nota.
As explosões ocorreram em Reyhanli, que fica a apenas alguns quilômetros da principal passagem de fronteira que dá acesso à Síria.
Mais cedo, o vice-primeiro-ministro da Turquia, Bulent Arinc, disse que o regime de Assad possivelmente estaria por trás do ataque - o pior ocorrido na Turquia desde o início dos conflitos no país vizinho.
O ministro turco de Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, disse durante visita a Berlim que "não é coincidência" o fato de o ataque ter ocorrido num momento em que os esforços diplomáticos internacionais estão se intensificando para resolver a crise na Síria.
Os EUA e a Rússia, um dos poucos países que ainda apoiam o regime de Assad, se comprometeram esta semana a retomar os esforços para encontrar uma solução para o país. Segundo estimativas da ONU, cerca de 70 mil pessoas foram mortas desde o início dos conflitos na Síria, em março de 2011. As informações são da Dow Jones.