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Nove militares mortos em ataque atribuído ao ELN na Colômbia

18:18 | 22/05/2013

BOGOTã, 22 Mai 2013 (AFP) - Nove militares colombianos morreram e outros seis ficaram feridos em um ataque com explosivos praticado por guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), em uma zona rural do departamento de Norte de Santander (nordeste), na fronteira da Venezuela, informaram autoridades locais nesta quarta-feira, 22.

Inicialmente, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, publicou em sua conta oficial no Twitter que lamentava a morte de "seis heróis do Exército no ataque do ELN, em Norte de Santander".

"Nossos corações estão com suas famílias", completou.

Depois, a Segunda Divisão do Exército divulgou um comunicado, informando que o número de militares mortos chegava a nove, após terem sido emboscados em um setor conhecido como Caguey, no povoado Presidente, município de Chitagá (Norte de Santander).

"Os militares foram atacados (na noite desta terça) de maneira indiscriminada com artefatos explosivos artesanais", detalhou o comunicado, acrescentando que "seis feridos foram transferidos para hospitais da região".

Com cerca de 2.500 combatentes, o ELN é a segunda maior guerrilha do país depois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. As Farc têm 48 anos de luta armada e mais de 8.000 integrantes.

Em 14 de abril passado, no povoado La Esmeralda, departamento de Araúca (nordeste da Colômbia e na fronteira com a Venezuela), três militares morreram em um ataque atribuído ao ELN.

O grupo rebelde manifestou sua vontade de entrar nos diálogos de paz realizados desde o ano passado entre as Farc e o governo de Santos, em Cuba.

O chefe de Estado colombiano condicionou o eventual diálogo de paz com o ELN à libertação de um engenheiro canadense, mantido refém pelo grupo desde janeiro.

Para libertar o canadense Jernoc Wobert, de 47 anos, a guerrilha exige que a multinacional Braewal Mining encerre suas atividades de mineração em uma área no norte do país.

O conflito armado na Colômbia, que inclui também paramilitares de direita e organizações de narcotraficantes, já deixou mais de 3,7 milhões de deslocados, 600 mil mortos e 15 mil desaparecidos em quase 50 anos.

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