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Morre o ex-ditador argentino Jorge Videla aos 87 anos

10:11 | 17/05/2013
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O ex-ditador argentino Jorge Videla, condenado a duas penas de prisão perpétua por crimes contra a humanidade durante o governo militar de 1976/83, faleceu nesta sexta-feira aos 87 anos em Buenos Aires, informou uma fonte ligada à família.

Videla, que estava detido na penitenciária Marcos Paz, a sudoeste de Buenos Aires, morreu de causas naturais, segundo o canal de televisão C5N.

"Durante a noite não se sentia bem, não queria jantar e esta manhã o encontraram morto na cela", disse à imprensa Cecilia Pando, presidente da Associação de Familiares e Amigos de Presos Políticos da Argentina (AFYAPPA), como se autodenominam os militares condenados por crimes na ditadura.

Além de ter sido condenado à prisão perpétua, o ex-general que foi destituído da patente militar pela justiça civil, que ele nunca reconheceu, foi presidente entre 1976 e 1981, os anos mais duros da ditadura, que deixou 30.000 desaparecidos, segundo as organizações de defesa dos direitos humanos.

"Como fiz antes, quero manifestar que este tribunal carece de competência e jurisdição para me julgar pelos casos protagonizados pelo exército na luta contra a subversão", disse na terça-feira passada ao depor em um julgamento sobre o Plano Condor, a coordenação da repressão das ditaduras do Cone Sul .

Também foi condenado a 50 anos de prisão pelo plano de roubo de bebês durante a ditadura.

Quase 500 crianças foram roubadas por militares, policiais ou outras pessoas durante a ditadura, de acordo com a organização Avós da Praça de Maio, cujos trabalhos permitiram que 108 delas recuperassem a verdadeira identidade.

AFP

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