Irã retira embaixador do Chipre em protesto
Um tribunal cipriota decidiu que havia provas suficientes de que Mohabat havia cometido infrações graves e, por isso, as autoridades do país foram obrigadas a acatar o pedido de extradição, de acordo com as leis internacionais, disse o ministério.
O secretário permanente do ministério, Andreas Mavroyiannis, disse que a decisão contrariou o Irã, mas ressaltou que todos os procedimentos legais foram obedecidos. O porta-voz do governo cipriota, Christos Stylianides, disse esperar que o caso não prejudique as relações do país com o Irã.
De acordo com um funcionário do Ministério da Justiça, Mohabat é acusado de tentar enviar peças de equipamentos militares ao Irã, em violação às sanções impostas pela ONU devido ao programa nuclear de Teerã. Os EUA, Israel e outras nações ocidentais temem que o Irã esteja desenvolvendo armamentos nucleares, mas o país insiste que seu programa tem fins pacíficos.
Em 2009, o Chipre apreendeu cerca de 85 contêineres com pólvora e nitroglicerina de um navio de bandeira cipriota que supostamente transportava o material do Irã para militantes palestinos na Faixa de Gaza, via Síria. Segundo a ONU, o navio violou uma proibição à exportação de armamentos pelo Irã.
Os contêineres foram deixados em um campo próximo a uma base naval até julho de 2011, quando explodiram, matando 13 pessoas e quase destruindo a principal central elétrica do país. Um inquérito concluiu que o governo deixou o assunto se arrastar, enquanto tentava decidir o que fazer com os contêineres sem contrariar a Síria ou o Irã. De acordo com a investigação, o então presidente Dimitris Christofias foi responsável por ter demonstrado "incapacidade, negligência e descaso" que levaram à explosão. As informações são da Associated Press.