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Irã executa supostos espiões a serviço de EUA e Israel

13:36 | 19/05/2013
Governo de Ahmadinejad acusa seus arqui-inimigos de tentarem interferir no programa nuclear iraniano. No ano passado, 314 pessoas foram condenadas à forca pela Justiça do país. Acusados de espionagem, os réus Mohammad Heidari e Kourosh Ahmadi foram enforcados na manhã deste domingo (19/05) pela Justiça iraniana. Segundo Teerã, em troca de dinheiro Heidari teria transmitido informações sigilosas do serviço secreto do Irã para o Mossad, serviço secreto israelense. Já Ahmadi teria sido um espião a serviço dos norte-americanos. A sentença para as execuções foi expedida pelo Tribunal Revolucionário de Teerã e confirmada pela Suprema Corte do país. O governo iraniano acusa seus arqui-inimigos Estados Unidos e Israel de tentarem interferir no programa nuclear nacional, por meio de ações de espionagem e atentados contra funcionários que participam do programa. Execuções, prisões confissões forçadas Em maio do ano passado, o governo de Mahmud Ahmadinejad enforcou um homem, por supostamente espionar para o Mossad e estar envolvido no assassinato de um cientista nuclear. Igualmente sob acusações de espionagem, desde agosto de 2012 Teerã mantém o americano-iraniano Amir Mirzai sob custódia. Segundo a Anistia Internacional, em 2012 pelo menos 314 pessoas foram executadas no Irã. Apenas na China é maior o número oficial de execuções, sendo estimado em mil. Ao divulgar essas estatísticas, em abril último, a organização de direitos humanos ressaltou ser possível haverem ocorrido no Irã numerosas outras execuções, não confirmadas oficialmente. Os ativistas criticam com especial rigor a prática das confissões forçadas, sob coação e torturas, que servem para justificar as penas de morte e são transmitidas pela TV iraniana. MSB/dpa/rtr/afp/kna/epd

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