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Forças tunisianas mantêm caçada a jihadistas perto da fronteira com a Argélia

As forças tunisianas perseguem "dois grupos, um no Monte Shaambi, perto da cidade de Kasserine, e outro grupo na região de Kef, perto da fronteira argelina"

16:04 | 02/05/2013

TUNIS, Tunísia, 02 Mai 2013 (AFP) - As forças armadas tunisianas mantêm sua caça nesta quarta-feira, 2, dois grupos de jihadistas armados perto da fronteira com a Argélia, depois que 15 militares e policiais ficaram feridos na explosão de minas, anunciou o Exército, que assegura que a situação está "sob controle".

"Não podemos fornecer mais informações(...) por razões de segurança", afirmou o coronel Mokhtar Ben Naceur, do Ministério da Defesa, à rádio Mosaique FM.

As forças tunisianas perseguem "dois grupos, um no Monte Shaambi, perto da cidade de Kasserine, e outro grupo na região de Kef, perto da fronteira argelina", declarou à AFP Mohamed Ali Arui, porta-voz do Ministério do Interior.

Segundo ele, não foram registrados confrontos diretos com os jihadistas, e os disparos de morteiros e armas leves na região são resultado de "uma varredura feita com disparos" para limpar a área de minas depois de 15 soldados e policiais terem ficado feridos, alguns em estado grave, desde segunda-feira.

As informações sobre o número de jihadistas são contraditórias.

Arui afirmou à AFP que cerca de vinte islamitas eram perseguidos, enquanto Ben Naceur não quis estimar o tamanho do grupo em razão da complexidade do terreno --uma montanha de 100 km2 com 60 km2 de floresta--, mas um policial no local citou 50 homens armados.

As autoridades tunisianas já haviam desmantelado em dezembro um grupo armado do Monte Shaambi, responsável por um ataque que matou um guarda.

Nos últimos meses, 37 pessoas foram detidas na região, de acordo com o Ministério do Interior, que não indicou se este número inclui os 16 jihadistas ligados à Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (Aqmi), presos após combates travados

em dezembro.

Sobre a cooperação com a Argélia, o coronel Ben Naceur indicou que os dois países têm trocado informações.

"Quando temos informações concretas, nós as compartilhamos. Não há ação conjunta no terreno", declarou.

Opositores e observadores criticam a falta de preparação do governo liderado pelos islamitas do Ennahda, no momento em que o país enfrenta há meses uma intensificação do movimento salafista.

Membros das forças de segurança também se queixam da falta de equipamentos para enfrentar um adversário organizado.

Entre 300 e 400 agentes protestaram diante da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) esta manhã para exigir melhores condições de trabalho.

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