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Ex-presidente bósnio-croata é condenado a 25 anos de prisão

Prlic foi acusado de ter participado da transferência forçada de muçulmanos bósnios

09:26 | 29/05/2013

O Tribunal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPII), em Haia, condenou nesta quarta-feira Jadranko Prlic - ex-presidente da república autoproclamada pelos croatas da Bósnia durante o conflito do país (1992-1995) - a 25 anos de prisão. Prlic foi acusado de ter participado da transferência forçada de muçulmanos bósnios.

Segundo o juiz do TPII Jean-Claude Antonetti, o tribunal condenou Prlic "por unanimidade".

O ex-presidente teria participado, entre 1991 e 1994, de um projeto considerado criminoso com o objetivo de "submeter política e militarmente os muçulmanos da Bósnia e outras pessoas que não fossem croatas" em Herceg-Bosna, Estado croata proclamado unilateralmente no sudoeste da Bósnia-Herzegovina.

Os croatas da Bósnia e os muçulmanos, apesar de terem se aliado para combater os sérvios da Bósnia durante a maior parte da guerra, também lutaram entre si por meses, entre 1993 e 1994. As autoridades croatas apoiaram militar e politicamente os separatistas croatas da Bósnia, que reivindicavam a inclusão dos territórios que controlavam à Croácia.

A república de Herceg-Bosna foi dissolvida pouco antes dos acordos de paz de 1995, e seu território foi integrado à Federação croata-muçulmana, entidade que forma, com a República Srpska (de etnia sérvia), a Bósnia pós-guerra.

AFP

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