Alemanha se propõe a mediar conflito sobre energia solar
"A Alemanha vai se envolver e se engajar em negociações para assegurar que não cheguemos ao ponto em que tarifas sejam impostas permanentemente", disse Merkel a jornalistas antes de um jantar de trabalho das delegações alemã e chinesa na residência oficial de Meseberg, nos arredores de Berlim.
Li Keqiang está fazendo sua primeira viagem oficial ao exterior desde que se tornou primeiro-ministro, em março. Antes da entrevista coletiva, foram assinados 17 acordos entre os dois governos ou entre empresas chinesas e alemãs, sobre questões que vão desde laços culturais bilaterais até assistência para investimentos e contratos para negócios.
A ameaça de uma guerra comercial em torno da indústria de energia solar está no topo da agenda dos dois dias de conversações. A União Europeia está estudando a imposição de tarifas de importações sobre equipamentos para coleta de energia solar produzidos na China, a pedido da companhia alemã Solar World. Embora continue a ser um dos países mais poluidores do mundo, a China está avançando mais rapidamente do que os países ocidentais na implementação de projetos de energia solar.
Respondendo a uma pergunta de um repórter, Li advertiu a Europa a não tomar nenhuma medida que prejudique a indústria chinesa, porque tais medidas poderiam custar empregos tanto na China como na União Europeia. "Espero que possamos encerrar esse conflito comercial com a UE por meio de esforços apropriados e de diálogo. Espero que a UE não recorra a medidas comerciais protecionistas por uma razão tão marginal", declarou o primeiro-ministro chinês. As informações são da Dow Jones.