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Suspeito de atentado em Boston será interrogado por agentes especiais

12:53 | 21/04/2013
Autoridades afirmaram que estado de saúde do suposto autor do atentado a bomba em Boston é grave. Dzhokhar Tsarnaev continua sem poder se comunicar. Assim que melhorar, ele será interrogado. O suspeito do atentado na Maratona de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, continua internado em estado grave. Ele foi detido nesta sexta-feira (19/04) após uma longa caçada humana, que se seguiu aos ataques a bomba da última segunda-feira. O atentado deixou três mortos e cerca de 180 feridos. O irmão mais velho de Dzhokhar, Tamerlan, de 26 anos, foi morto em tiroteio com a polícia na manhã de sexta-feira. Os dois irmãos de origem chechena são suspeitos de serem os responsáveis pelo duplo atentado a bomba. O governador de Massachussets, Deval Patrick, disse neste sábado que o estado de saúde de Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, é "grave, mas estável. Acredito que não pode se comunicar ainda." Patrick disse esperar que o suspeito sobreviva. "Temos um milhão de perguntas e essas questões precisam ser respondidas", acrescentou o governador. Tsarnaev está recebendo cuidados sob vigilância no Hospital Beth Israel Deaconess em Cambridge, nos arredores de Boston. Suspeito capturado Várias fontes de mídia citaram investigadores que afirmaram que Tsarnaev sofreu ferimentos na garganta e perdeu muito sangue. Segundo relatos, os investigadores teriam especulado se um dos ferimentos poderia ter sido decorrência de uma tentativa de suicídio. Assim que possível, um grupo especial de agentes norte-americanos irá interrogar Tsarnaev, sem ler para ele a advertência normalmente feita a suspeitos antes do interrogatório. O aviso conhecido como "Direitos de Miranda" informa ao suspeito do direito ao silêncio e a um advogado e é emitido para que as declarações subsequentes sejam admissíveis em tribunal. De acordo com um funcionário do Departamento de Justiça, o governo pretende recorrer a uma exceção de segurança pública quanto ao aviso, para interrogar Tsarnaev sobre a existência de outros explosivos ou possíveis cúmplices. Procurando um motivo Os irmãos Tsarnaev vêm de uma pequena comunidade de chechenos no Quirguistão, uma grande nação muçulmana. Em 2001, a família mudou-se para o Daguestão, república da Federação Russa no Cáucaso do Norte, que abriga uma violenta insurgência islâmica. Os pais dos suspeitos ainda vivem na região. Autoridades federais norte-americanas não tinham os irmãos sob vigilância, mas o FBI disse nesta sexta-feira que havia interrogado Tamerlan, em 2011, a pedido de um governo estrangeiro. Segundo o jornal New York Times, esse país teria sido a Rússia. No entanto, o FBI encerrou a investigação por "não ter encontrado qualquer atividade terrorista, doméstica ou estrangeira." Os pais dos dois irmãos negaram que seus filhos seriam capazes de tais crimes. No sábado, o Kremlin anunciou que os presidentes dos EUA e da Rússia concordaram em aumentar a cooperação antiterrorismo após os atentados. "Ambos os lados ressaltaram seu interesse de reforçar a estreita cooperação dos serviços de inteligência da Rússia e dos EUA na luta contra o terrorismo internacional", diz o comunicado do Kremlin. CA/rtr/afp/ap/dpa

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