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Senado francês aprova casamento gay

09:44 | 12/04/2013
Câmara alta do Parlamento da França abre caminho para legalizar união entre pessoas de mesmo sexo, uma promessa de campanha do presidente François Hollande. Projeto provocou violentos protestos no país nos últimos meses. O Senado francês aprovou nesta sexta-feira (12/04) uma lei que garante aos casais homossexuais o direito ao casamento e à adoção de crianças. Polêmico, o projeto provocou grande oposição e protestos de conservadores e grupos religiosos no país. A votação ocorreu após dias de intensos debates. O projeto de lei ainda tem que retornar à Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento francês, onde, em 12 de fevereiro, os deputados o aprovaram em primeira leitura. Um novo "sim" à lei é tido como certo. Os senadores já haviam aprovado na quarta-feira, por 179 votos a favor e 157 contra, o primeiro artigo do texto, importante parte do projeto de lei, que concede a casais gays o direito de casar e adotar crianças. A ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, elogiou a votação no Senado, dizendo que ela reforça a sociedade francesa "concedendo o simples reconhecimento da cidadania plena a casais homossexuais." Debates e tumultos O projeto de lei provocou intensos debates em um país que é oficialmente secular, mas predominantemente católico. A polêmica mobilizou centenas de milhares de pessoas em toda a França em protestos pró e contra o casamento gay. Em janeiro e em março, duas passeatas contra o casamento gay levaram, cada uma, 300 mil manifestantes às ruas, segundo números da polícia. Na segunda delas, houve tumulto, e a polícia foi obrigada a disparar gás lacrimogêneo contra os manifestantes, e dezenas de pessoas foram presas. Líderes religiosos católicos, muçulmanos e judeus se declararam contra a lei. Os opositores disseram que vão organizar outro protesto em massa em Paris, em 26 de maio, em caso de aprovação da lei, para exigir sua anulação e um referendo sobre o tema. Durante a campanha eleitoral, o presidente francês, François Hollande, defendeu o casamento homossexual e o direito de adoção por casais de pessoas do mesmo sexo. Apesar dos protestos, ele manteve seu apoio após eleito. Nesta quarta-feira, a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou lei legalizando o casamento gay. O país é o segundo na América do Sul a permitir a união de casais de mesmo sexo. MD/dpa/afp

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