PUBLICIDADE
Notícias

Integrante de grupo Pussy Riot pede liberdade condicional

Segundo a legislação russa, toda pessoa condenada pode obter uma libertação condicional depois de ter cumprido a metade de sua pena

09:58 | 26/04/2013
NULL
NULL

Uma das duas jovens do grupo Pussy Riot, Nadejda Tolokonnikova, que cumpre uma pena de dois anos em um campo de prisioneiros por uma oração punk contra o presidente russo Vladimir Putin pediu nesta sexta-feira sua liberdade condicional, alegando que já havia passado tempo suficiente na prisão.
"Já passei tempo suficiente no campo, estou cansada de estudá-lo, seis meses é uma pena suficiente", declarou esta mulher de 23 anos, citada pela agência Ria Novosti, durante a audiência no tribunal Subovo-Polianski, na região de Mordovia (640 km a leste de Moscou).
No entanto, reiterou que se negava a reconhecer sua culpa e se arrepender.
Segundo a legislação russa, toda pessoa condenada pode obter uma libertação condicional depois de ter cumprido a metade de sua pena. Este é o caso de Nadejda Tolokonnikova, que já havia cumprido seis meses de prisão provisória antes de sua condenação.
Sua advogada, Irina Jrunova, destacou perante o juiz que a jovem tem uma filha pequena.
"Ela tem uma família, uma criatura. Sua filha precisa dela, é indispensável que a família possa se reunir outra vez para permitir que a menina se desenvolva plenamente", alegou.
A defesa também leu um chamado assinado por vários defensores dos direitos humanos, incluindo a ex-dissidente soviética Liudmila Alexeeva, e o diretor da organização não governamental Memorial, Oleg Orlov.
"Nós consideramos inútil continuar isolando Tolokonnikova da sociedade", afirmam na carta.
Nadejda Tolokonnikova, Maria Alekhina e Ekaterina Samutsevich foram presas em fevereiro de 2012 na Catedral de Cristo Salvador de Moscou, onde dançaram e cantaram uma oração punk pedindo à Santa Virgem que expulsasse Putin para denunciar um coluio entre a Igreja ortodoxa e o poder político.

AFP

TAGS