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Berlusconi conta com seu retorno ao poder na Itália

11:14 | 26/04/2013
O ex-primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, previu nesta sexta-feira que o país vai conseguir formar um novo governo de coalizão, apesar da rivalidade dos partidos políticos. Ele conta com a perspectiva de um retorno político para ele mesmo e seu partido conservador.

O homem que foi considerado carta fora do baralho da política italiana após ter de deixar o cargo de primeiro-ministro, por causa da crise econômica, parece ter recuperado sua influência. A avaliação de Berlusconi sobre o futuro governo foi feita nesta sexta-feira ao portal TgCom24, que é parte do império de mídia do ex-premiê.

A Itália luta há dois meses para formar um novo governo após as eleições inconclusivas, nas quais o partido de Berlusconi ficou em segundo lugar.

Berlusconi deve ser reunir brevemente com o primeiro-ministro designado Enrico Letta após voltar da viagem aos Estados Unidos, onde participou da inauguração da biblioteca dedicada ao ex-presidente George W. Bush.

O Partido Democrático, de Letta, conquistou a maior parte dos votos, mas não conseguiu formar um governo por não ter o controle das duas câmaras do Parlamento.

Nesta sexta-feira, Letta reuniu-se por duas horas com o presidente Giorgio Napolitano. "Há uma atitude muito positiva do premiê designado" na direção das negociações, declarou Berlusconi.

Após uma reunião com os líderes de todos os partidos do Parlamento na quinta-feira, Letta expressou otimismo cauteloso. Um grande obstáculo tem sido um imposto sobre propriedades, bastante impopular, que Berlusconi prometeu abolir se voltar ao poder. A taxa foi criada pelo substituto de Berlusconi, Mario Monti, como uma importante fonte de arrecadação para impedir que a Itália caísse mais profundamente na crise da dívida soberana da zona do euro.

Letta, que precisa do apoio do pequeno partido centrista de Monti para criar uma coalizão, reuniu-se com o premiê interino nesta manhã. O partido de Monti indicou que o imposto pode ser ajustado. As informações são da Associated Press.

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