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Raúl Castro declara sexta-feira santa como feriado em Cuba

Em 2012, o presidente também decretou feriado no dia da celebração católica, que caiu no dia 6 de abri, com caráter excepcional, acatando um pedido do então papa Bento XVI

10:40 | 18/03/2013
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O presidente Raúl Castro decretou um "recesso das atividades laborais" no dia 29 de março, sexta-feira santa, afirmou um comunicado publicado nesta segunda-feira, 18, pelo jornal oficial Granma, que não explicou os motivos da decisão.

"A direção do país decidiu aprovar o recesso das atividades laborais na sexta-feira, 29 de março de 2013", disse o texto publicado, que informou ainda as atividades excepcionais que não entrarão em recesso.

Em 2012, o presidente também decretou feriado no dia da celebração católica (que caiu no dia 6 de abril) "com caráter excepcional", acatando um pedido do então papa Bento XVI durante sua visita à ilha, de 26 a 28 de março do mesmo ano.

"Tínhamos indícios de que ia ser assim e nos alegra muito saber que tanto os fiéis católicos quanto o povo que tem simpatia em relação à Igreja e religiosidade em seus sentimentos possam na sexta-feira santa participar agora com mais liberdade nos horários das diferentes celebrações que teremos", disse à AFP o sacerdote José Féliz Pérez, secretário-executivo da Conferência Episcopal.

Ele acrescentou que "esta notícia é muito agradável neste sentido, que o sentido religioso da sexta-feira santa possa ser vivido".
As relações entre o governo de Cuba e a Igreja foram instáveis durante os mais de 50 anos de governo comunista na ilha, com períodos de duros confrontos e outros de coabitação.

No entanto, as relações oficiais com o Vaticano nunca foram interrompidas.
Desde a histórica visita do papa João Paulo II à ilha, em janeiro de 1998, começou uma aproximação entre a hierarquia católica e o então presidente Fidel Castro, substituído no poder por seu irmão Raúl em 2006 devido a uma grave crise de saúde.

Raúl Castro aprofundou sua aproximação com a Igreja através de um diálogo inédito que começou em maio de 2010 e cujos resultados mais relevantes foram a libertação de mais de 130 presos políticos e um maior espaço pastoral para a Igreja.

Na semana passada, Raúl Castro enviou uma mensagem de felicitação ao novo Papa, Francisco, poucas horas após sua eleição no Vaticano.

 

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