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Líderes mundiais lamentam a morte de Chávez

13:35 | 06/03/2013
Diversos líderes mundiais lamentaram nesta quarta-feira o falecimento do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, na tarde de ontem, depois de quase dois anos de luta contra um câncer. Enquanto alguns mencionaram as "circunstâncias suspeitas" da doença que levou à morte do líder bolivariano, outros manifestaram expectativa de um futuro mais democrático e próspero para o país sul-americano.

O governo dos Estados Unidos, que mantém relações turbulentas com a Venezuela desde a ascensão de Chávez ao poder, em 1999, reagiu com diplomacia. Por meio de nota, o presidente norte-americano, Barack Obama, manifestou que, "neste momento difícil pela morte do presidente Hugo Chávez, os Estados Unidos reiteram seu apoio ao povo venezuelano e seu interesse em desenvolver uma relação construtiva com o governo venezuelano".

Mas acrescentou: "Neste momento em que a Venezuela inicia um novo capítulo de sua história, os Estados Unidos seguem decididos a impulsionar políticas que promovam princípios democráticos, o império da lei e o respeito pelos direitos humanos".

Por meio de nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o presidente em fim de mandato da China, Hu Jintao, e seu sucessor, Xi Jinping, lamentaram a morte de "um grande amigo do povo chinês".

Na Colômbia, o presidente Juan Manuel Santos reconheceu os esforços de Chávez pelo restabelecimento das relações bilaterais depois de sua ruptura durante a gestão de seu antecessor, Álvaro Uribe. "Todos sabem que tivemos muitas divergências, diferentes visões economia, de exercício de governo, de entendimento do progresso social", afirmou. "Mas desde os primeiros dias de meu mandato decidimos deixar de lado as divergências para nos concentrarmos no bem maior para a Venezuela e a Colômbia."

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, decretou luto nacional de um dia e qualificou Chávez como "um santo que regressará no Dia da Ressurreição".

Na opinião do iraniano, "não resta dúvida de que Chávez ressuscitará junto de Jesus e do imã Mahdi", santo mais reverenciado pelo ramo xiita do islã, "e ajudará a estabelecer a paz, a justiça e a bondade no mundo". Ahmadinejad acrescentou que o câncer que acometeu Chávez surgiu "sob circunstâncias suspeitas".

O presidente da França, François Hollande, elogiou Chávez, mas admitiu que "nem todos partilhavam" de seus pontos de vista.

Em Londres, o ex-prefeito Ken Livingstone disse à Associated Press que "o fato de Chávez ter resistido a tentativas de ser derrubado animou outros países latino-americanos a se libertarem e a colocar os interesses de seus povos à frente dos interesses corporativos".

Nabil Shaath, assessor da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), qualificou Chávez como "um amigo fiel que defendeu apaixonadamente nosso direito à liberdade e à autodeterminação".

Já o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, enviou telegrama ao vice-presidente e herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, afirmando que, com a morte do presidente, "desaparece uma das figuras mais influentes da história contemporânea" do país.

"O governo da Espanha expressa sua vontade de continuar trabalhando intensamente no fortalecimento dos vínculos bilaterais e das relações de profunda amizade que unem nossos países e nossos cidadãos há tantos anos."

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou Chávez como "líder forte e extraordinário que olhou para o futuro e sempre teve grandes ambições".

O ministro alemão de Relações Exteriores, Guido Westerwelle, qualificou a morte de Chávez como "um duro golpe", mas manifestou expectativa em que a Venezuela "ingresse em novos tempos". As informações são da Associated Press.

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