Berlusconi será acusado de comandar rede de prostituição
Segundo o promotor, o ex-primeiro ministro italiano havia montado em sua casa "uma verdadeira rede de prostituição" para obter sexo em troca de dinheiro e promessas de empregos ou cargos na política. Segundo o procurador, a então menor Karima El Mahroug, conhecida como Ruby, era uma das meninas envolvidas nesses saraus.
O processo contra Berlusconi no caso Ruby veio à tona depois que, na noite de 27 para 28 de maio de 2010, o então primeiro-ministro da Itália telefonou pessoalmente à polícia de Milão para garantir que Karima era "sobrinha" do então presidente egípcio Hosni Mubarak e deveria ser liberada e entregue à então conselheira da Lombardia Nicole Minetti. O promotor explicou ontem que tanto Minetti, "que vendia seu corpo para Berlusconi", como a representante de famosos Lele Mora e o apresentador de televisão Emilio Fede faziam parte da complexa rede de prostituição.
A situação está muito complicada para Berlusconi. Na sexta-feira, oito promotores de Milão apresentarão sua petição ao tribunal - o partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, ainda comemora os bons e surpreendente resultados na eleição geral da semana passada. Se estava claro que o retorno de Berlusconi à política foi devido à sua necessidade de se proteger da ação dos juízes, agora é uma corrida desesperada contra o relógio.