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Argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo papa

Ele será o sucessor de Bento XVI na liderança da Igreja Católica Apostólica Romana, sendo 266º Papa

16:06 | 13/03/2013
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O argentino Jorge Mario Bergoglio é o novo Papa da Igreja Católica. Ele é o primeiro papa latino-americano. O anúncio foi feito às  20h14min (16h14 de Brasília) nesta quarta-feira, 13, durante a quinta votação do Conclave, que reuniu 115 cardeais católicos. Este é o papa número 266 na história do catolicismo. Bergoglio vai se chamar Papa Francisco I.

A fumaça branca, indicando que um novo papa foi eleito pelo grupo de cardeais reunidos no conclave do Vaticano, foi expelida pela chaminé da Capela Sistina nesta quarta. Os sinos da Basílica de São Pedro tocaram após a fumaça ter saído, causando agitação nos fiéis que aguardavam pelo resultado em frente à capela. Duas votações foram realizadas durante a manhã, mas sem nenhum resultado final.

Surpresa

A decisão na eleição do novo papa surpreendeu, pois o argentino não aparecia nas últimas listas de favoritos, que incluíam o brasileiro Dom Odilo Scherer e o italiano Angelo Scola.

 

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Homem simples e conservador. Conheça um pouco do papa Francisco I

Pouco apontado como o preferido ao cargo de novo pontífice, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, ou Francisco I, foi um candidato de peso em 2005, no conclave em que elegeu Bento XVI.

Considerado um cardeal que conseguiu frear as correntes liberais entre jesuítas, Francisco I é visto por muitos como um símbolo do compromisso com a Igreja em meio ao mundo em desenvolvimento.

Intelectual dedicado, o pontífice exerceu papel fundamental de liderança durante a crise econômica na Argentina, atentando sobre as consequências da globalização em países pobres.

Entre outras qualidades, Francisco I viveu uma vida sem luxo e excessos quando ainda era cardeal na Argentina. Abriu mão de morar no palácio episcopal para residir um apartamento simples. Andava de ônibus e não de limusine, além de preferir cozinhar suas próprias refeições.

O pontífice, no entanto, passou por um período de polêmicas há oito anos, quando foi candidato ao papado na eleição de 2005. Ele foi acusado por um advogado argentino de direitos humanos de ser cúmplice no sequestro de dois padres jesuítas, em 1976, sob o regime militar que então vigorava no país.

Bergoglio negou as acusações. Mesmo em meio a desconfianças, seus pontos positivos prevaleceram na escolha do novo papa.

Vida e ideologia

Nascido em 1936 em Buenos Aires, Bergoglio é um dos cinco filhos de um ferroviário que se mudou para Turim, Itália. Sonhava na infância em ser químico, porém, optou pela vida religiosa em 1958, quando ingressou na Companhia de Jesus para começar os estudos preparatórios para a ordenação sacerdotal.

Designado cardeal em 2001 pelo papa João Paulo II, Bergoglio teve sua carreira marcada pela luta em prol dos pobres.

"Vivemos na parte mais desigual do mundo, que tem crescido muito, mas que pouco tem feito para reduzir a miséria", afirmou ele durante um encontro do episcopado latino-americano em 2007. "A injusta distribuição de renda persiste, criando uma situação de pecado social que clama aos céus e que limita as possibilidades de uma vida plena para muitos de nossos irmãos."

Posicionamento

Quem esperou que o novo papa fosse mais flexível ao mundo moderno pode ter se decepcionado. Não é certo quais direcionamentos Francisco I irá tomar, mas é de conhecimento público quem o cardeal argentino Bergoglio é bastante conservador.

Ortodoxo inflexível em relação à moral sexual, o novo papa provavelmente irá firmar a posição da igreja contra o casamento homossexual.

Redação O POVO Online  

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