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Sucessor de Bento XVI deve ser eleito até o fim de março

Durante a Sé Vacante (período entre a renúncia ou morte do papa e a posse do sucessor), a Igreja ficará sob o comando do seu cardeal decano, o Carmelengo.

11:49 | 11/02/2013

A Igreja Católica começa a escolher seu novo papa em março e espera ter concluído o processo de escolha até a Páscoa, no dia 31, disse o padre Federico Lombardi, diretor da sala de imprensa do Vaticano. O porta-voz disse que o Conclave – fórum de cardeais que escolhe o sumo-pontífice – deve ter início entre 15 a 20 dias após a renúncia formal do papa Bento XVI, em 28 de fevereiro. Bento XVI anunciou, na manhã desta segunda-feira, 11, que irá renunciar ao cargo no dia 28 de fevereiro.


Durante a Sé Vacante (período entre a renúncia ou morte do papa e a posse do sucessor), a Igreja ficará sob o comando do seu cardeal decano, o Carmelengo. É ele quem convoca o Conclave, cujo nome vem do latim “cum clave” – ou “com chave”.

O nome remete ao fato de que os 120 cardeais-eleitores ficam isolados em celas particulares e reúnem-se , a portas trancadas, na Capela Sistina duas vezes por dia para a escolha do novo Santo Padre.

O Conclave
A ideia do Conclave remonta a 1271, quando os cardeais-eleitores passaram 33 meses deliberando sobre a escolha do novo papa na cidade italiana de Viterbo. Sem chegar a um consenso por questões políticas, os religiosos provocaram a fúria da população local, que obrigaram as autoridades locais a cortarem o fornecimento de comida ao grupo.

Os bispos acabaram elegendo o papa Gregório X, que estabeleceu as regras para o Conclave. Essas regras foram sendo modificadas ao longo do tempo. Em 1970, Paulo VI definiu que o colégio de bispos terá, no máximo, 120 eleitores. A idade-limite deles é de 80 anos.

Apesar de não poder mais participar da própria sucessão, Bento XVI definiu as regras atualmente em vigor do Conclave. No primeiro dia do Conclave, os cardeais participam de uma eucaristia e seguem para a Capela Sistina, onde ocorrerão as votações. Os cardeais deverão fazer voto de sigilo (quebra do voto acarreta a pena de ex-comunhão), enfrentam rotinas de até quatro votações diárias, não podendo votar em si próprios.

Nos últimos conclaves, a tendência das primeiras apurações é de dispersão dos votos entre vários potenciais papáveis. Normalmente, aos poucos, há uma concentração natural de votos em alguns poucos papáveis, até que um candidato consiga maioria de dois terços  mais um voto entre os participantes.

Redação O POVO Online

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