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Integrante do Pussy Riot afirma que companheiras podem sair logo

Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina foram condenadas a uma pena de dois anos por vandalismo

11:00 | 26/02/2013
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Ekaterina Samutsevich, integrante do grupo punk russo Pussy Riot, garantiu nesta terça-feira, 26, que vai recorrer a todos os tipos de meios legais para que suas duas companheiras sejam liberadas. Ela afirmou também que há possibilidades de que as autoridades as liberem logo.

"O principal é soltar Nadia e Masha", disse Samutsevich à AFP em entrevista exclusiva, referindo-se às duas outras integrantes do grupo, Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina.

"Acredito que se conseguirmos fazer uma defesa de alto nível, é possível que elas saiam antes da pena de dois anos a que foram condenadas", explicou Samutsevich, um ano depois que a banda cantou uma oração punk contra o presidente Vladimir Putin na catedral de Moscou. O ato levou à prisão e ao julgamento das jovens.

Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina foram condenadas a uma pena de dois anos por vandalismo.
Segundo Samutsevich, o caso está incomodando Putin. "As mesmas perguntas incômodas sobre as integrantes presas do Pussy Riot continuam sendo feitas a Putin, e eu não sei como as autoridades atuarão com a proximidade dos Jogos de Inverno de 2014", disse.

As jovens presas estão submetidas a um estrito regime que inclui trabalhos forçados.Nadezhda Tolokonnikova foi levada ao hospital por fortes dores de cabeça e Maria Alekhina teve que ser isolada depois que suas companheiras de cela a ameaçaram.

Samutsevich conseguiu reduzir sua pena para um ano com suspensão, alegando que a detiveram tão rápido que ela não teve tempo de participar da "oração punk" na catedral de Moscou.
Ekaterina Samutsevich se mostrou esperançosa para que outros retomem os protestos feitos pelo Pussy Riot enquanto o grupo segue ocupado com seus problemas legais.

"Com esta situação na Rússia, em que não te deixam fazer nada, é necessário aguentar e lutar. Para a gente é duro seguir em frente. Fizemos isto para que outras pessoas tomem a nossa bandeira e comecem a fazer algo por conta própria", explica.
AFP

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