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Cruzeiro atraca nos EUA após ficar dias à deriva

10:39 | 15/02/2013
Navio com mais de 4 mil pessoas passou quase cinco dias sem energia ou propulsão, após incêndio em casa de máquinas. Banheiros transbordaram e esgoto inundou cabines e corredores. O alívio foi grande para mais de 4 mil pessoas na chegada à terra firme na madrugada desta sexta-feira (15/02) do navio de cruzeiro Triumph, que ficou à deriva por cinco dias no Golfo do México. Neste período, a embarcação esteve sem propulsores, ar condicionado e com alimentos escassos. Os banheiros transbordaram, inundando cabines e corredores. O navio alcançou o porto de Mobile, no Alabama, EUA, levado por uma frota de rebocadores. A quebra de um dos cabos do rebocador principal, o vento e as correntes, assim como as condições do canal na Baía de Mobile atrasaram a atracagem do navio, que tem 14 andares, 275 metros de comprimento, 100 mil toneladas de peso e estava com apenas um elevador funcionando. O Triumph estava à deriva desde o domingo, após um incêndio na sala de máquinas. Ele tinha zarpado do Texas na quinta-feira da semana passada, para um cruzeiro programado para durar quatro dias. No incidente, ocorrido a mais de 400 quilômetros da costa mexicana, nenhum dos 3.143 passageiros e 1.086 tripulantes ficou ferido, de acordo com a operadora responsável. Os extintores automáticos do navio teriam controlado o fogo imediatamente, segundo a empresa, a Carnival Cruise Line, mesma do navio Costa Concordia, que adernou ano passado na costa italiana, matando 32 pessoas. Beijos no chão Alguns viajantes beijaram o chão ao saírem, outros desembarcaram vestindo os robes de banho brancos do navio. Com apenas um elevador em funcionamento, foram necessárias horas para o desembarque os ocupantes da embarcação. Os passageiros foram recebidos no cais com alimentos quentes, cobertores e telefones celulares para ligar para família e amigos. Eles reclamaram das condições a bordo. Os ocupantes do navio foram obrigados a evacuar em sacos de plástico, devido aos problemas com os vasos sanitários, cujas descargas pararam de funcionar e transbordaram, segundo a CNN. O esgoto teria inundado corredores e cabines, provocando um grande mau cheiro. Muitas pessoas tiveram que dormir em colchões dispostos no convés, ao ar livre, por causa do odor e da fumaça originada pelo incêndio no motor do navio. Operador pediu desculpas Após críticas sobre a resposta da empresa, o diretor executivo da Carnival Cruise Line, Gerry Cahill, embarcou no navio pessoalmente para pedir desculpas aos passageiros. "Eu sei que as condições a bordo eram muito ruins", disse ele a repórteres, parecendo abalado, durante uma breve aparição diante da mídia antes de embarcar. "Eu sei que foi difícil. Quero pedir desculpas por submeter nossos clientes a tudo isso", disse. A Carnival, maior operadora de cruzeiros do mundo, disse que os passageiros receberão reembolso das despesas totais, mais gastos com transporte e ganharão um vale para um outro cruzeiro de valor equivalente, mais uma indenização de 500 dólares por pessoa. MD/rtr/afp/lusa Revisão: Francis França

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