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Países doadores prometem ajuda de quase US$ 1 bilhão à Síria

A Comissão Europeia já havia indicado na terça-feira que anunciaria no Kuwait uma ajuda de 100 milhões de euros somados a outros 100 milhões já liberados por Bruxelas
11:50 | Jan. 30, 2013
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Os países que participaram nesta quarta-feira, 30, no Kuwait, na conferência de doadores para a Síria se comprometeram a conceder um bilhão de dólares ao país, enquanto a oposição denunciava a falta de rigor da comunidade internacional após o choque provocado pela descoberta, na terça-feira, dos corpos de quase 80 manifestantes executados em Aleppo.

Kuwait e Emirados Árabes Unidos anunciaram uma ajuda de 300 milhões de dólares cada na abertura da conferência, apoiada pela ONU para tentar arrecadar 1,5 bilhão de dólares. A Arábia Saudita seguiu os passos e prometeu outros US$ 300 milhões, segundo uma fonte de um país do Golfo que pediu anonimato.
"O total prometido até agora alcança quase um bilhão de dólares", um valor provisório, segundo a mesma fonte.

O Bahrein anunciou uma ajuda de 20 milhões de dólares.
A Alemanha informou em um comunicado do ministério das Relações Exteriores o repasse de 10 milhões de euros (13 milhões de dólares) e recordou ter proporcionado em 2012 quase 103 milhões de euros (139 milhões de dólares).
A Comissão Europeia já havia indicado na terça-feira que anunciaria no Kuwait uma ajuda de 100 milhões de euros (135 milhões de dólares), somados a outros 100 milhões já liberados por Bruxelas.

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O governo dos Estados Unidos também anunciou na terça-feira uma ajuda de 155 milhões dólares para os refugiados, o que eleva a US$ 365 milhões a ajuda humanitária americana aos sírios.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um pedido de arrecadação de 1,5 bilhão de dólares para responder às necessidades humanitárias dos civis sírios.
Quase 60 países participam na conferência apoiada pela ONU, que pretende lançar um grande programa para os quatro milhões de sírios que precisam de ajuda urgente no país.

Na Síria, quase 80 corpos foram recuperados na terça-feira de um rio de Aleppo, norte do país, e o regime sírio acusou a Frente Al-Nosra, grupo de islamitas radicais presente em quase todas as batalhas na Síria, pelas execuções sumárias.

A oposição destacou um "novo massacre" do regime, estimulado pelo "laxismo internacional" e "a extrema complacência" de muitos países.
Esta falta de ação da comunidade internacional dá "luz verde aos atores do genocídio para que continuem", afirmou a Coalizão de oposição.

A oposição pediu ao Conselho de Segurança apoio à justiça internacional para que o presidente "Bashar al-Assad e todos os que contribuíram para este massacre respondam pelos crimes contra a humanidade" e fez uma nova advertência.
"Os sírios ainda estão muito contidos para evitar cair na armadilha da guerra civil, mas as provocações do regime atingiram um nível perigoso que nenhum humano poderia tolerar", destacou a Coalizão.

AFP

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