Explosões deixam 82 mortos na universidade de Alepo
"Até agora, há 82 mortes e mais de 160 feridos no ataque terrorista que teve como alvo estudantes, que faziam seu primeiro dia de exames na Universidade de Alepo", declarou Akkad por telefone à agência France Presse. O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres, disse que pelo menos 52 pessoas foram mortas após as explosões, mas disse que o número poderia subir muito.
Além dos estudantes, a universidade abriga cerca de 30 mil pessoas que fugiram de suas casas em áreas da cidade atingidas pelos confrontos, que começaram em julho do ano passado. Imagens postadas na internet pelos estudantes mostram sobreviventes se refugiando num prédio do campus. Ativistas afirmaram que mísseis disparados por um caça do governo foram responsáveis pelas explosões. Uma fonte militar disse que foram mísseis terra-ar disparados pelos rebeldes.
As explosões ocorreram numa área perto dos dormitórios da universidade e da faculdade de arquitetura, informou o Observatório. A televisão estatal informou que "terroristas lançaram dois foguetes" contra o complexo universitário, que fica numa área controlada pelo governo.
Alepo é a maior cidade da Síria e antigo centro comercial, mas tem sido uma frente importante na guerra civil do país desde julho, com batalhas frequentes entre tropas e rebeldes que lutam para derrubar o presidente Bashar Assad.
A cidade, assim como a capital, Damasco, tem registrado uma série de explosões ultimamente, resultando na morte de várias pessoas. Muitos dos ataques, que têm como alvo prédios do governo, foram assumidos por extremistas islâmicos, principalmente pela Jabhat al-Nusra (frente para a vitória), uma organização que o governo dos Estados Unidos classificou como terrorista, mas que obteve vitórias militares na província de Idlib, vizinha a Alepo.
As informações são da Associated Press e Dow Jones.
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