Chávez sofreu complicações após 'severa infecção pulmonar', diz ministro
A ausência de informação detalhada provocou todo tipo de rumores sobre seu estado de saúdeO presidente venezuelano, Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba depois de ser operado contra um câncer, sofreu complicações após uma "severa infecção pulmonar", informou na quinta-feira o governo.
"Após a delicada cirurgia do dia 11 de dezembro, o comandante Chávez enfrentou complicações como consequência de uma severa infecção pulmonar. Esta infecção derivou em uma insuficiência respiratória que requer do comandante Chávez um estrito seguimento do tratamento médico", disse o ministro de Comunicação, Ernesto Villegas, em um comunicado lido em rede de televisão oficial.
"O governo da República Bolivariana da Venezuela reitera sua confiança na equipe médica que atende o comandante", acrescentou Villegas no pronunciamento transmitido de forma obrigatória por todas as redes de rádio e televisão do país.
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AssineChávez, de 58 anos e no poder desde 1999, se submeteu no dia 11 de dezembro em Havana à quarta operação contra um câncer detectado em junho de 2011 e cuja localização e gravidade se desconhecem.
Desde que foi operado, Chávez não apareceu em público e nenhuma foto sua foi divulgada.
O governo foi informando aos poucos sobre seu estado de saúde no pós-operatório, mas não esclarece se o presidente, reeleito no dia 7 de outubro, poderá reassumir o poder perante a Assembleia Nacional no dia 10 de janeiro, como prevê a Constituição.
A ausência de informação detalhada provocou todo tipo de rumores sobre seu estado de saúde.
Neste sentido, Villegas denunciou uma "guerra psicológica" que a "estrutura midiática transnacional" desencadeou sobre a saúde de Chávez com o objetivo de desestabilizar o país e acabar com a revolução liderada pelo presidente.
O governo "adverte o povo venezuelano sobre a guerra psicológica que a estrutura midiática transnacional desencadeou sobre a saúde do chefe de Estado, com o objetivo de desestabilizar a República (...), ignorar a vontade popular demonstrada nas eleições presidenciais de 7 de outubro e acabar com a revolução bolivariana", disse Villegas.
AFP
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