Hamas realiza manifestação pública na Cisjordânia
Os participantes entoaram gritos de guerra em favor do Hamas, que recentemente saiu fortalecido de uma ofensiva de oito dias promovida por Israel contra a Faixa de Gaza.
O evento, realizado na cidade de Nablus, parece sinalizar não apenas a recente melhora nas relações entre o Hamas e o movimento Fatah após cinco anos de estremecimento, mas também a popularidade do grupo islâmico no território controlado pela facção política rival.
"Hamas, você é nossas armas, nós somos suas balas", gritaram os participantes. "Hamas, dispare mais foguetes sobre Tel-Aviv", pediram eles.
"A vitória do Hamas em Gaza foi uma vitória de todo o povo palestino", declarou Amin Makboul, um líder local do Hamas, durante comício em Nablus.
Enquanto isso, soldados israelenses e manifestantes palestinos entraram em choque nesta quinta-feira na volátil cidade de Hebron, na Cisjordânia, mas não há informações iniciais sobre feridos nos confrontos.
Mais de 5 mil palestinos saíram às ruas de Hebron um dia depois de um adolescente palestino ter sido morto a tiros por forças israelenses perto da Tumba dos Patriarcas, um local sagrado para judeus e muçulmanos.
Durante a procissão fúnebre de Mohammed Suleima, os participantes entoaram frases contra Israel e tremularam bandeiras do grupo islâmico Hamas.
Um grupo formado por dezenas de jovens atirou pedras e garrafas na direção dos soldados no protesto de hoje. As forças israelenses reagiram com bombas de gás lacrimogêneo.
A tensão acentuou-se em Hebron depois do assassinato do jovem palestino na quarta-feira.
Segundo familiares da vítima, o jovem de 17 anos estava desarmado e não obedeceu a ordens para que parasse em um posto militar porque tinha deficiência auditiva. Já na versão israelense, paramilitares abriram fogo depois de o adolescente ter exibido uma arma, mas depois teriam percebido tratar-se de uma arma de brinquedo.
Hebron é uma cidade da Cisjordânia onde cerca de 850 colonos judeus vivem em enclaves rigorosamente vigiados por Israel em meio a cerca de 150 mil palestinos. As informações são da Associated Press.