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EUA: NRA volta a defender guardas armados em escolas

18:04 | 23/12/2012
A Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), maior grupo de pressão em favor do porte de armas nos Estados Unidos, voltou a defender neste domingo que considera a presença de policiais e guardas armados nas escolas norte-americanas a melhor maneira de evitar massacres como o da escola primária de Newtown, Connecticut, ocorrido no último dia 14.

Wayne LaPierre, executivo-chefe do influente lobby, disse hoje que a NRA pressionará o Congresso a aprovar a presença de mais guardas nas escolas e coordenará um esforço nacional para que militares e policiais da reserva trabalhem como voluntários na segurança das escolas do país.

Depois de uma semana de silêncio público após o massacre na escola primária Sandy Hook, o NRA voltou à carga em sua defesa do porte de armas a partir de diversas frentes.

Hoje, em entrevista à emissora norte-americana NBC, La Pierre recusou-se a apoiar qualquer espécie de legislação que imponha controles sobre a comercialização e o porte de armas e insistiu que nenhum esforço do Congresso nesse sentido será capaz de impedir chacinas como a de Newtown, na qual um jovem armado matou 26 pessoas, entre as quais 20 crianças.

Na semana passada, a senadora democrata Dianne Feinstein anunciou planos de recolocar em debate uma lei federal que dificulte a comercialização de fuzis de assalto como o utilizado pelo atirador Adam Lanza em Newtown e limite a quantidade de munição que pode ser comprada.

"Se você acha loucura colocar policiais e guardas armados nas escolas para proteger nossos filhos, então me chame de louco", disse LaPierre à NBC. "Acho que o povo americano acha loucura não fazer isso. É uma das coisas que manteriam as pessoas seguras", alegou.

O senador democrata Charles Schumer comentou hoje que La Pierre parece considerar que os massacres dos últimos anos são culpa de todas as outras coisas, menos das armas. "Tentar prevenir ataques às escolas sem discutir a questão das armas é como falar da prevenção ao câncer no pulmão sem levar em consideração o cigarro", opinou o senador. As informações são da Associated Press.

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