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Chavismo pede unidade na ausência de Chávez

06:00 | 27/12/2012

Os líderes do chavismo multiplicaram na quarta-feira os pedidos de unidade na ausência do presidente Hugo Chávez, hospitalizado em Cuba após a quarta operação contra um câncer.

"Devemos ir com cuidado com o inimigo externo, que é poderoso, mas também com o inimigo interno, que sempre acreditou que o comandante Chávez é uma transição neste processo, que depois da saída de Chávez é quando acontecerá a verdadeira revolução", afirmou o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, durante a posse da governadora do estado de Delta Amacuro (este), Lizeta Hernández.

Segundo o presidente da Assembleia, o "inimigo interno" manda seus "agentes estrangeiros" para "tentar dividir a unidade revolucionária".

Cabello negou qualquer divergência entre os principais nomes do gabinete de Chávez, como o vice-presidente Nicolás Maduro, o ministro da Energia Rafael Ramírez ou a procuradora geral do Estado Cilia Flores.

Depois da viagem de Chávez para Havana, integrantes da oposição destacaram uma suposta divisão e lutas de poder dentro do chavismo, incluindo o líder opositor e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, para quem a união no oficialismo "é uma fachada".

No mesmo sentido, Maduro, designado por Chávez como seu herdeiro político no caso de ficar inabilitado, já havia declarado que "nunca a divisão foi revolucionária, a divisão sempre é contrarrevolucionária".

Chávez deve retornar a Venezuela para assumir em 10 de janeiro um novo mandato de seis anos, como estipula a Constituição, mas governo e oposição não descartam que a data seja alterada em função da recuperação do presidente, operado pela quarta vez em 11 de dezembro desde que o câncer foi diagnosticado em junho de 2011.

 

AFP

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