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Ativistas em Londres pedem que Brasil 'salve' os indígenas awá

A organização aproveitou a celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos para pedir ao governo brasileiro que adote medidas para pôr fim à exploração florestal

12:20 | 10/12/2012

Um pequeno grupo de ativistas convocados pela organização Survival International protestou nesta segunda-feira, 10, em Londres diante da embaixada do Brasil, onde entregou uma carta pedindo "medidas urgentes" para salvar o povo awá da Amazônia.

A Survival aproveitou a celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos para pedir ao governo brasileiro que adote medidas que, segundo a organização, foram anunciadas para pôr fim à exploração florestal de seu território após o lançamento em abril passado de uma campanha de apoio a estes indígenas.

"Sete meses depois, não houve uma operação para expulsar os invasores, e a destruição da selva awá continua a uma taxa alarmante", ressalta a carta enviada ao embaixador Roberto Guajaribe, na qual a Survival indica que o território deste povo perdeu "mais de um terço".

"Estamos muito preocupados com o futuro da tribo, principalmente com os awá isolados. Se a invasão e a destruição não forem contidas a tempo, acreditamos que os awá têm poucas chances de sobreviver", acrescenta a carta assinada pelo diretor da Survival International, Steven Corry.

Quinze ativistas desta organização dedicada a defender os direitos dos indígenas se reuniram para a entrega da carta diante da embaixada, onde uma jovem com uma peruca e usando a parte de cima de um biquíni de lantejoulas com as cores da bandeira brasileira deu um toque carnavalesco à fria manhã londrina.

A Survival indicou que havia convocado protestos semelhantes diante das embaixadas e consulados de Madri, Paris, Berlim, Milão, Haia e San Francisco (Estados Unidos).
"Os awá e seus defensores pedem que o Brasil utilize o Dia dos Direitos Humanos das Nações Unidas como um ponto de partida para a ação", indicou Stephen Corrie na carta.

A Survival estima em 450 a população total dos awá, dos quais entre 60 e cem nunca deixaram seu território demarcado e ameaçado por madeireiros, criadores de gado e colonos.

AFP

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