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Rebeldes sírios fecham acesso a Alepo

17:58 | 26/11/2012
Rebeldes armados fecharam nesta segunda-feira o acesso a Alepo, maior cidade da Síria, por meio da província vizinha de Raqa, bloqueando as linhas de suprimentos para as forças do governo. Enquanto isso, a França anunciou hoje o envio de mais ajuda financeira para a coalizão dos opositores do presidente Bashar Assad.

Hoje, após dias de combate, os rebeldes sírios tomaram o controle de Tishrin, no rio Eufrates, uma rota que conecta as províncias de Alepo a Raqa, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Segundo o diretor da base britânica do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdul-Rahman, os rebeldes sírios assumiram inclusive o controle de uma hidrelétrica no Eufrates, no norte do país. A hidrelétrica fornece energia a diversas partes da Síria.

Os rebeldes têm anunciado uma série de avanços estratégicos nos últimos dias. No domingo, eles assumiram o controle de uma base aérea nos arredores de Damasco, área antes completamente controlada pelo governo.

Também nesta segunda-feira, a Cruz Vermelha Internacional conclamou os dois lados a respeitarem as regras de direito humanitário um dia depois de um bombardeio aéreo ter matado dez crianças e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) ter requisitado mais fundos para suportar a crise.

Segundo opositores de Assad, o ataque no qual as dez crianças morreram teria sido perpetrado por forças do governo e teriam sido usadas bombas de cacho.

A França, enquanto isso, declarou que já encaminhou 1,2 milhão de euros (US$ 1,5 milhão) em ajuda emergencial à coalizão opositora. O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, criticou o suporte francês aos rebeldes, classificando-o como "inaceitável".

Os conflitos na Síria eclodiram em março de 2011 como uma revolta contra o presidente Assad inspirada nas revoltas da Primavera Árabe. O conflito rapidamente transformou-se em uma guerra civil que já matou mais de 40 mil pessoas, de acordo com ativistas.

No Cairo, o vice-líder do Hamas, Mussa Abu Marzuk, disse hoje que o Irã deveria reconsiderar seu apoio ao governo da Síria se não quiser alienar a opinião pública árabe. "A posição do Irã no mundo árabe não é mais uma boa posição", advertiu Marzuk, cujo movimento havia mantido uma base em Damasco, durante uma breve entrevista coletiva concedida em sua nova sede na capital do Egito.

O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, realocou sua liderança de Damasco para o Catar e o Egito após uma desavença com o presidente sírio, Bashar Assad, por causa da brutal repressão do governo aos protestos iniciados em março do ano passado. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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