Palestinos comemoram decisão histórica na ONU
"Ter um Estado gera um sentimento maravilhoso, ainda que só no nome", disse um civil, em meio à multidão de duas mil pessoas que comemoravam em uma praça de Ramallah. "O sonho mais bonito de qualquer homem é ter um Estado independente, principalmente para nós que vivemos sob ocupação por tanto tempo."
A decisão histórica ocorrida ontem não irá conceder, na prática, a independência dos 4,3 milhões de palestinos que vivem na Cisjordânia, no leste de Jerusalém e na Faixa de Gaza. Israel deve continuar a ocupar os dois primeiros territórios e restringir o acesso a Gaza.
No entanto, ao conquistarem a aprovação de um fórum mundial extremamente simpático à sua causa - somente nove dos 193 membros votaram contra o reconhecimento -, os palestinos esperam dificultar a resistência de Israel à pressão global para negociar as fronteiras de uma futura Palestina com base em como elas eram antes de Israel assumir o controle dos territórios.
Promotores do Tribunal Penal Internacional disseram nesta sexta-feira que vão analisar o que a decisão da ONU significa para o relacionamento da Autoridade Palestina com o tribunal, que julga crimes de guerra.
Em comunicado divulgado após o voto na assembleia da ONU, a promotoria do tribunal afirmou que "vai considerar as implicações legais dessa resolução". Em abril, os promotores rejeitaram o pedido palestino por uma investigação de crimes de guerra ocorridos durante uma ofensiva de Israel à Faixa de Gaza, que começou em dezembro de 2008.
As informações são da Associated Press.