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Diplomatas empenham-se por cessar-fogo no Oriente Médio

12:27 | 19/11/2012
Temor de invasão israelense na Faixa de Gaza leva palestinos a abandonarem a fronteira. No campo diplomático, países negociam cessar-fogo com as duas partes do conflito. Ban Ki Moon participa de reuniões no Cairo. Os esforços diplomáticos para pôr fim ao conflito entre o Hamas (movimento palestino que controla a Faixa de Gaza) e Israel continuam nesta segunda-feira (19/11). O conflito já causou a morte de ao menos 90 palestinos e três israelenses desde a quinta-feira passada. No Cairo foram iniciadas negociações com representantes dos dois lados, afirma a agência de notícias AFP. Há grandes expectativas em relação à mediação por parte do Egito, pois o presidente do país, Mohamed Morsi, mantém boas relações com o Hamas. Morsi é oriundo da Irmandade Muçulmana, grupo que possui afinidade ideológica com o movimento radical palestino. O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, disse nesta segunda-feira que Israel precisa dar o primeiro passo se quiser uma trégua no conflito em Gaza. "Quem começou a guerra tem que encerrá-la", disse Meshaal no Cairo. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também deverá desembarcar em breve no Cairo para participar das negociações. Já o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, viaja nesta segunda-feira para Israel. Na terça, ele vai se encontrar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e com o presidente Shimon Peres. Depois, ele irá para Ramallah, na Cisjordânia, onde se encontrará com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Uma guerra em Gaza poderia desencadear um conflito de ordem maior na região. A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente dos EUA, Barack Obama, acentuaram o direito de defesa do Estado de Israel. Ao mesmo tempo, os dois líderes disseram ao governo israelense, em conversa telefônica, que é preciso fazer algo para atingir um cessar-fogo o mais rápido possível. Sobe número de mortos Os ataques continuaram na manhã desta segunda-feira. Israel disse ter executado mais de 80 ataques desde a madrugada. Desde a última quarta-feira, os militantes palestinos atacaram Israel com mil foguetes, segundo informações de Tel Aviv, sendo que 540 foram interceptados nas cidades de Ashkelon, Beersheva e Sderot, e 287 outros foram bloqueados ainda no ar, alguns a pouca distância de Tel Aviv. Outros se desviaram ou caíram no mar. Israel, por sua vez, atacou a Faixa de Gaza em mais de 1100 lugares, destruindo unidades administrativas e a central do Hamas. As infomações oficiais registram a morte até agora de mais de 50 civis palestinos e três israelenses. Entre os moradores da Faixa de Gaza aumentam os temores de um ataque terrestre. Segundo informações veiculadas pela mídia, milhares de palestinos fugiram da região de fronteira com Israel. A razão da apreensão está também no pronunciamento de Netayahu de que "a operação na Faixa de Gaza continua e estamos dispostos a expandi-la". Os preparativos continuam e 75 mil reservistas já foram convocados. Além disso, Israel estacionou tanques de guerra na fronteira com a Faixa de Gaza. Anonymous invade servidor israelense Através de uma ação surpreendente, o grupo de hackers Anonymous envolveu-se no conflito. Segundo dados fornecidos pelo próprio grupo, foram hackeadas páginas israelenses na internet, em sinal de protesto aos ataques militares do país a Gaza. Mais de 650 instituições públicas e privadas israelenses foram atacadas. O site do ministério do Exterior, por exemplo, ficou paralisado por um curto espaço de tempo, e o banco de dados do Banco de Jerusalém, um dos maiores do país, foi supostamente deletado. SV/dw/dpa/afp/rtr/dapd Revisão: Alexandre Schossler

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