David Cameron diz apoiar "saída segura" para Assad
Premiê britânico nega dar asilo ao ditador no Reino Unido, mas diz que saída de Assad para viabilizar transição "pode ser arranjada". Mais sete generais sírios desertam e fogem para a Turquia.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, sugeriu nesta terça-feira (06/11) que o ditador sírio Bashar al-Assad poderia contar com uma "saída segura" da Síria, desde que aceitasse renunciar e que isso significasse o fim da violência no país. A declaração, dada à rede de TV saudita Al-Arabiya, coincide com a fuga de sete generais sírios para a Turquia, em mais um revés para as Forças Armadas controladas por Assad.
Qualquer coisa para tirar aquele homem do país e ter uma transição segura na Síria, disse Cameron, quando questionado sobre o que faria caso Assad lhe pedisse proteção para deixar o país. É claro que preferiria que ele enfrentasse as leis e a Justiça internacionais pelos seus crimes, afirmou.
Em viagem oficial ao Oriente Médio, o premiê deixou claro, no entanto, que garantir uma saída segura não significa oferecer asilo a Assad. Eu definitivamente não estou oferecendo a ele abrigo no Reino Unido, mas, se ele quiser sair, pode sair. Isso pode ser providenciado."
Generais em fuga
Nesta terã-feira, o jornal turco Today's Zaman informou sobre a deserção de mais sete generais de Assad, que cruzaram a fronteira com a Turquia e receberam abrigo num campo de refugiados da província de Hatay. Desde o início da revolta, mais de 40 militares de alta patente deixaram a Síria.
As Nações Unidas alertam que o conflito na Síria pode levar à destruição do país. "A situação fica mais séria a cada dia, e o risco é que a crise possa se alastrar por uma região volátil", disse Jeffrey Feltman, sub-secretário geral da ONU para assuntos políticos, em uma rápida sessão do Conselho de Segurança.
RR/afp/dpa
Revisão: Francis França