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Presidente egípcio concede anistia a militantes da 'revolução'

Este decreto é anunciado 100 dias após a chegada ao poder de Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente e também o primeiro chefe de Estado islâmico e civil

17:28 | 08/10/2012
CAIRO, 8 Out 2012 (AFP) -O presidente egípcio Mohamed Mursi decidiu nesta segunda-feira, 8, anistiar todos aqueles que apoiaram a "revolução" e foram presos desde o início do levante que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak no ano passado até junho de 2012, quando chegou ao poder.

Em um decreto publicado na sua página oficial do Facebook, a Presidência anunciou a anistia para atos "cometidos com o objetivo de apoiar a revolução e alcançar os seus objetivos no período de 25 de janeiro de 2011 a 30 de junho de 2012, exceto crimes de homicídio ".

A "Revolução de 25 de janeiro", durante a qual centenas de milhares de egípcios protestaram incansavelmente para exigir a queda do regime ditatorial de Hosni Mubarak, no poder desde 1981, obrigou este a renunciar.

A anistia abrange os já condenados pela lei e aqueles que ainda estão sob investigação ou em julgamento, de acordo com o texto.

Este decreto é anunciado 100 dias após a chegada ao poder de Mursi, primeiro presidente egípcio eleito democraticamente e também o primeiro chefe de Estado islâmico e civil, já que todos os seus antecessores pertenciam ao Exército.

A decisão também ocorre na véspera do primeiro aniversário dos eventos chamados de "Maspero", durante o qual 20 manifestantes foram mortos em confrontos com a polícia durante um protesto de coptas (cristãos do Egito), que se manifestavam contra o incêndio de uma igreja.

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