Peregrinação de milhões a Meca marca início do Hajj
Os muçulmanos acreditam que o ritual, que começa na quinta-feira e se estende até a segunda-feira, marca as passagens dos profetas Abraão, Ismael e Maomé. A peregrinação deste ano ocorre no momento em que a guerra civil se intensifica na Síria, país majoritariamente habitado por muçulmanos, e o conflito ameaça se espalhar para a Turquia e o Líbano. Mais de 30 mil pessoas foram mortas na Síria desde março do ano passado. Pela primeira vez, as emissoras de televisão dos países de maioria muçulmana transmitem em detalhes uma guerra civil, com as fortes imagens dos bombardeios, dos corpos e da destruição entrando nas casas das pessoas.
O Hajj também é uma das poucas ocasiões em que muçulmanos sunitas e xiitas rezam lado a lado. Os sunitas formam a corrente majoritária e mais antiga, que derivou dos quatro primeiros califas, enquanto os xiitas, ramo minoritário, acreditam que apenas os descendentes do profeta Maomé é que deveriam guiar o Islã. A separação entre os dois ramos ocorreu após a batalha de Kerbala, no Iraque central, em 680 d.C. A peregrinação a Meca é considerada um dos cinco pilares da religião, que deve ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano que tenha dinheiro e saúde para fazer a viagem.
As informações são da Associated Press.