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Nigéria: Sobe para 27 número de mortos em massacre

17:43 | 02/10/2012
Homens armados atacaram uma república estudantil no nordeste da Nigéria nesta terça-feira e mataram ao menos 27 pessoas, informaram autoridades locais. O motivo da invasão da república, situada nas proximidades de uma escola politécnica, ainda não é conhecido, mas se trata do segundo caso do gênero ocorrido no conturbado nordeste nigeriano nos últimos dias.

Os detalhes do massacre estão emergindo aos poucos. O ataque começou por volta das 22h de ontem e estendeu até as 3h da manhã de hoje, relatou o aluno Danjuma Aiso. O alvo foi uma república estudantil próxima da Escola Politécnica Federal de Mubi, uma cidade do Estado nigeriano de Adamawa.

Os agressores carregavam armas de fogo e objetos cortantes, prosseguiu Aiso. Um funcionário dos serviços de resgate afirmou que as vítimas foram esfaqueadas e baleadas.

Ao todo, 27 alunos foram mortos na chacina e a Escola Politécnica foi fechada por hoje, disse o encarregado de assuntos estudantis Mohammed Baba Karewa.

"Os militares assumiram o controle da área", afirmou um agente de resgate. Equipes de socorro e forças de segurança da região foram enviadas ao local do crime.

Autoridades locais acreditam no envolvimento de outros estudantes na chacina por conta de uma disputa entre grêmios estudantis rivais. "Eles estavam realizando eleições na Politécnica Federal e atiradores desconhecidos entraram e dispararam aleatoriamente", disse Abdulkarim Bello, da Cruz Vermelha local.

No entanto, ao longo dos últimos anos, habitantes de Mubi e de outras cidades de Adamawa têm sido vítimas de ação da seita radical islâmica Boko Haram, presente no nordeste da Nigéria. As ações do Boko Haram (que significa "educação ocidental é pecado" no idioma hausa) resultaram na morte de quase 700 pessoas somente este ano, segundo contagem da Associated Press.

No último fim de semana, três estudantes foram assassinados nas proximidades de um campus em Maiduguri, a 170 quilômetros de Mubi. Maiduguri abriga a sede espiritual do Boko Haram. As informações são da AP e da Dow Jones.

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