Um jornalista americano freelancer desaparecido na Síria em meados de agosto e supostamente sequestrado por membros do regime em Damasco reapareceu ma última segunda-feira em um vídeo divulgado na Internet.

Um homem parecido com Austin Tice, um repórter fotográfico de 31 anos, aparece visivelmente cansado e de olhos vendados sendo levado ao alto de uma colina por homens enquanto grita "Allah Akbar" (Alá é Grande), revela um vídeo de 47 segundos intitulado "Austin Tice ainda vive".

Os dois últimos empregadores de Tice, o jornal The Washington Post e o grupo de imprensa McClatchy, que edita jornais americanos como o Miami Herald, consideraram que as imagens são mesmo do jornalista.

"Pedimos àqueles que estão com Austin que o libertem rapidamente e sem danos", indicou em Marcus Brauchili, editor executivo do Washington Post. No mesmo sentido, Anders Gyllenhaal, vice-presidente da McClatchy Newspapers, pediu "nos termos mais enérgicos possíveis a sua libertação imediata".

A administração americana, diplomatas e vários funcionários acreditavam que Tice estivesse em poder das forças do regime do presidente sírio, Bachar Bachar al-Assad.

"Temos muitas razões para acreditar que o governo sírio tenta se esquivar de sua responsabilidade e continuamos acreditando que ele (Tice) está em suas mãos", disse a porta-voz do departamento de Estado Victoria Nuland.

Ex-fuzileiro naval que serviu no Afeganistão e no Iraque, Tice chegou à Síria em maio, pela Turquia, sem visto de entrada, uma prática corrente entre jornalistas que cobrem o conflito, segundo o Washington Post. Após viajar com os rebeldes, seguiu em agosto para Damasco, onde desapareceu.

AFP