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África do Sul inicia inquérito sobre mortes de mineiros

Em 16 de agosto, a polícia abriu fogo contra grevistas que protestavam no lado de fora da mina de platina da Lonmin, em Marikana, matando 34 e ferindo 78

09:44 | 01/10/2012

Começou nesta segunda-feira o inquérito oficial sobre as mortes de dezenas de pessoas durante a greve na mina de platina da Lonmin PLC, na África do Sul. Enquanto isso, os problemas trabalhistas continuam no país, com caminhoneiros e mineiros de outras localidades continuando as manifestações por melhores salários.

Em 16 de agosto, a polícia abriu fogo contra grevistas que protestavam no lado de fora da mina de platina da Lonmin, em Marikana, matando 34 e ferindo 78. Cerca de dez outras pessoas foram mortas no decorrer da greve. A comissão de inquérito será liderada pelo juiz aposentado Ian Farlam. Ela determinará qual foi a participação da polícia, da Lonmin, da União Nacional dos Mineiros e da Associação dos Mineiros e Sindicato da Construção. A investigação também verá se alguma das partes poderia ter tomado medidas para impedir as mortes.

Episódios de violência continuam acontecendo nas paralisações que ainda não foram encerradas. A União Nacional dos Mineiros afirmou que um de seus dirigentes está hospitalizado em estado grave após sua casa ter sido atacada com uma bomba caseira na noite de sexta-feira. O ferido é um dos líderes da greve em uma mina da Anglo American Platinum, onde também ocorrem disputas entre os próprios sindicatos.

Já o Sindicato Sul-africano de Transporte e Trabalhadores Aliados afirmou que organizará protestos pacíficos em toda a África do Sul nesta segunda-feira. Os caminhoneiros estão de braços cruzados há uma semana. As informações são da Associated Press.

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