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Advogado diz que suposto autor de filme anti-islâmico é acusado injustamente

17:20 | 10/10/2012
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LOS ANGELES, 10 Out 2012 (AFP) -O suposto autor do filme anti-islâmico "A Inocência dos muçulmanos" foi acusado injustamente de desatar a sangrenta onda de violência que provocou a morte do embaixador dos Estados Unidos na Líbia, afirmou esta quarta-feira seu advogado durante audiência em Los Angeles.

Um representante de Steven Seiden, o advogado de Mark Basseley Yusef - conhecido pelo nome Nakula Basseley Nakula -, afirmou que as últimas informações sobre o ataque contra a delegação diplomática americana em Benghazi (leste da Líbia) mostram que os informes que culpam o filme pelos distúrbios são infundados.

Está previsto que Yusef se apresente à Corte Federal de Los Angeles na tarde de quarta-feira, sob uma forte vigilância policial, depois da detenção em setembro por violar a liberdade condicional, após ser condenado em 2010 por fraude bancária.

"Não estamos fazendo nenhuma declaração agora", explicou à AFP o porta-voz Chris Williams, "mas acredito que deve ser ressaltado o fato de que originalmente todo mundo disse, (inclusive) o Departamento de Estado e o presidente (Barack Obama), que a violência no Oriente Médio foi (provocada) pelo trailer de sua produção".

"Mas não foi assim", afirmou, assegurando que novas evidências demonstram que o ataque a Benghazi não foi motivado pelo filme.

"Foi um erro fazer esta acusação, culpar este trailer de qualquer violência no Oriente Médio", acrescentou.

"Nada sobre o denunciado originalmente foi demonstrado como certo. Foi um pretexto", afirmou Williams.

Yusef pode ser condenado a dois anos de prisão pelas acusações de falso testemunho e uso de pelo menos três pseudônimos.

A difusão do trailer do filme no site YouTube desatou uma onda de violência no mundo muçulmano que deixou mais de 30 mortos, entre eles o embaixador americano na Líbia e outros três funcionários de Washington em um ataque contra o consulado americano em Benghazi (leste).

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