Polícia abre fogo e fere 4 mineiros na África do Sul
Pinky Tsinyane, porta-voz da polícia sul-africana, disse que quatro mineiros foram baleados e quatro foram detidos por violência pública. De acordo com ela, os agentes de segurança abriram fogo depois de mineiros recém-dispensados do trabalho terem atacado colegas recontratados.
A mina de ouro em questão localiza-se nas proximidades de Johannesburgo. Um sobrinho do presidente sul-africano e um neto de Mandela são sócios no empreendimento.
O novo episódio de violência ocorre pouco mais de duas semanas depois de a polícia ter matado 34 mineiros e ferido 78 na repressão a uma greve na mina de platina de Marikana, também perto de Johannesburgo.
Dezenas de 270 mineiros presos durante a repressão à greve em Marikana em 16 de agosto aguardavam a libertação hoje. No domingo, a promotoria sul-africana retirou provisoriamente a acusação de assassinato apresentada coletivamente contra os 270 mineiros pelo massacre cometido pela polícia.
A decisão da promotoria, de indiciar os mineiros respaldada por uma lei do período colonial que na prática permite a responsabilização da vítima pela execução de um crime, teve repercussão muito negativa na África do Sul e levou o governo a pedir explicações à promotoria. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.