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Papa encerra visita ao Libano com apelo pela paz

12:51 | 16/09/2012
Encerrando viagem ao Líbano, Bento 16 pediu que comunidade internacional encontre uma solução para a guerra civil na Síria. Em missa ao ar livre, desejou que Oriente Médio encontre caminho da paz e da reconciliação.

Papa Bento 16 apelou para que a comunidade internacional encontre "um caminho contra o barulho das armas" na guerra civil na Síria. Em missa realizada neste domingo (16/09) em Beirute, no vizinho Líbano, o pontífice lamentou a violência e os "gritos das viúvas e órfãos" na Síria. Encerrando sua visita ao país, ele fez, mais uma vez, um apelo pela paz e reconciliação diante de centenas de milhares de fiéis libaneses e de outros países do Oriente Médio.

Em sua homilia, o Papa desejou que o Oriente Médio, atormentado pela guerra e outros conflitos, seja um "servo da paz e da reconciliação". Bento recordou a vocação dos cristãos de servir à justiça. "Todos devem fazê-lo à sua maneira, onde quer que se encontrem", lembrou o Sumo Pontífice.

A missa ao ar livre, realizada na orla marítima na capital libanesa, foi o ponto alto da viagem de três dias ao país do líder católico de 85 anos. Neste domingo, ele também apresentou o documento final do Sínodo de Bispos para o Oriente Médio, afirmando tratar-se de um guia para fortalecer a fé e esperança nas comunidades cristãs.

Coragem em situação difícil

Cerca de 30 mil jovens cristãos e muçulmanos saudaram o Papa no sábado em Bkerké, sede do patriarcado maronita. Bento 16 desejou-lhes coragem diante da situação difícil de sua região. Ele se dirigiu também aos muçulmanos e aos jovens da Síria. "É hora de muçulmanos e cristãos se unirem para colocar fim à violência e às guerras", aconselhou.

Citando os ataques dos últimos dias contra representações diplomáticas ocidentais em diversos países islâmicos, o Papa se disse a favor da construção de uma cultura de paz no Oriente Médio. Ele apelou por um "novo modelo de fraternidade" e pela condenação de qualquer tipo de violência, que "seja ela física ou verbal, é um ataque à dignidade humana".

O Sumo Pontífice afirmou que o Líbano é um modelo a ser seguido, por ser um lugar onde cristãos e muçulmanos convivem há séculos e onde, muitas vezes, as famílias incluem seguidores das duas religiões.

"Por que não deveria ser assim em toda a sociedade?", questionou, durante encontro no palácio do presidente libanês, Michel Suleiman. O chefe de Estado é o único líder cristão no Oriente Médio. Ele pertence à Igreja Maronita, uma das maiores e mais antigas comunidades religiosas no Líbano, que é ligada à Igreja em Roma.

MD/dpa,epd,lusa
Revisão: Augusto Valente

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