Onda de ataques mata pelo menos 44 pessoas no Iraque
Nenhum grupo assumiu imediatamente responsabilidade pelos ataques, mas forças de segurança são um alvo frequente do braço iraquiano da Al-Qaeda, que busca se reerguer, minar o governo e tomar de volta áreas de onde foi expulsa antes da saída das tropas norte-americanas do país no ano passado.
No ataque mais sangrento do domingo, homens armados invadiram um pequeno posto do exército iraquiano na cidade de Dujail antes do amanhecer, matando pelo menos 10 soldados e ferido outros oito, de acordo com policiais e funcionários de hospitais da cidade vizinha de Balad, cerca de 80 quilômetros ao norte de Bagdá. As autoridades falaram sob condição de anonimato por não estarem autorizadas a divulgar informações.
Horas depois, um carro bomba atingiu um grupo de recrutas policiais que esperavam em uma fila para se inscrever para vagas de trabalho na companhia estatal Northern Oil, nos arredores da cidade de Kirkuk, no norte do país. O comandante da polícia municipal, brigadeiro general Sarhad Qadir, afirmou que sete recrutas foram mortos e 17 feridos. Segundo ele, todos eram muçulmanos sunitas. Qadir atribuiu o ataque a Al-Qaeda, mas não deu mais detalhes sobre o assunto.
A carnificina se estendeu até o sul do país, onde bombas coladas em dois automóveis estacionados explodiram na cidade de Nasiriyah, dominada por xiitas, 320 quilômetros a sudeste de Bagdá. As explosões ocorreram perto do consulado francês e de um hotel. O diretor-adjunto de saúde local, Dr. Adnan al-Musharifawi, disse que duas pessoas foram mortas e três ficaram feridas no hotel e que um policial iraquiano ficou ferido no consulado. Conforme Al-Musharifawi, nenhum diplomata francês estava entre os mortos.
O restante dos ataques que provocaram mortes ocorreram por meio de carros-bomba que explodiram desde a cidade portuária de Basra, no sul, até Tal Afar, a noroeste de Bagdá, perto da fronteira com a Síria. As informações são da Associated Press.