Líder de sindicato é alvo de atentado na África do Sul
O ataque aconteceu na região de exploração de platina de Rustenburg, no Noroeste da África do Sul. O setor de mineração do país está no meio de uma série de greves turbulentas, que incluiu a paralisação de seus semanas na mineradora de platina Lonmin, na qual um conflito entre grevistas e a polícia deixou 46 trabalhadores mortos.
A violência vem sendo atribuída em parte à rivalidade entre o NUM, tradicional aliado do partido governista Congresso Nacional Africano, e dissidentes que acusam a liderança do sindicato de peleguismo - de ter ficado próxima demais do governo e das empresas, em detrimento dos interesses dos trabalhadores.
A Angloplatinum (Amplats), maior mineradora de platina do mundo e subsidiária da AngloAmerican, teve suas operações paralisadas e os grevistas exigem um salário mensal de 16 mil rands (US$ 1.924). A greve na Amplats começou em 12 de setembro e é ilegal pelas leis trabalhistas sul-africanas.
Nesta segunda-feira, dirigentes do NUM devem se reunir com representantes da central sindical Cosatu, a maior do país. Neste sábado, o secretário-geral da Cosatu, Zwelinzima Vavi, visitou uma mina da Gold Fields, onde a maioria dos trabalhadores está em greve há três semanas. A empresa tem um acordo coletivo negociado entre o NUM e a Câmara das Minas, mas os grevistas exigem um aumento imediato dos salários.
"Parece que não temos escolha senão abrir negociações agora, ir à mesa e resolver o problema. E o problema é que os trabalhadores ganham muito pouco", disse Vavi à emissora pública SAFM. As informações são da Dow Jones.