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Grécia: protestos deixam 10 feridos e 21 detidos

17:31 | 26/09/2012
Manifestantes e policiais entraram em confronto na Grécia nesta quarta-feira, dia de greve geral no país. Milhares de gregos deixaram o trabalho para participar da paralisação geral convocada pelos dois principais sindicatos do país, o GSEE e o ADEDY, em protesto contra a nova rodada de cortes de gastos que o governo anunciará nos próximos dias. Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, se reunirá com os líderes do partidos que formam o governo e eles tentarão chegar a um acordo sobre os cortes de 12 bilhões de euros exigidos pelos inspetores do Banco Central Europeu (BCE), Comissão Europeia (CE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), a chamada troica. Os cortes no orçamento de 2013 são uma exigência para que a Grécia continue a receber dinheiro dos credores e evite a insolvência.

Pelo menos oito policiais e dois manifestantes ficaram feridos em Atenas, onde a polícia deteve 21 pessoas. A manifestação, que reuniu 60 mil pessoas em Atenas, foi pacífica até que desordeiros lançaram bombas caseiras e garrafas contra as forças de segurança. "Pessoas, lutem, eles estão bebendo nosso sangue", cantavam as pessoas presentes. A greve de 24 horas é a primeira desde que o governo de coalizão formado por três partidos e liderado por Samaras foi empossado, em junho, e representa o primeiro teste real sobre a oposição pública aos cortes. Também ocorreram manifestações que reuniram milhares de pessoas em Salonica, Patras e nas maiores cidades do país.

Em Atenas, tropas de choque utilizaram gás lacrimogêneo e spray de pimenta contra centenas de manifestantes, após a violência ter irrompido perto do Parlamento. Indignados com a situação econômica do país, os queixosos colocaram fogo em árvores e utilizaram martelos para quebrar pavimento e painéis de mármore e atirar os destroços nos policiais.

"Agora a palavra está com a sociedade grega porque o governo de coalizão, liderado por Samaras, é incapaz de defender os interesses mais elementares da sociedade grega", disse o líder do partido de oposição Syriza, Alexis Tsipras, à agência italiana Ansa. Segundo ele, Samaras e a troica estão transformando a Grécia em um "cemitério social".

As informações são da Associated Press, Dow Jones e Ansa.

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