EUA: juiz nega pedido para tirar do ar filme anti Islã
O juiz do Tribunal Superior do Condado de Los Angeles rechaçou o pedido da atriz, ao dizer que a terceira parte envolvida na questão, Nakoula, não recebeu uma cópia do pedido feito por ela. O juiz também citou uma lei federal americana que protege uma terceira parte em um pedido judicial. Nakoula está escondido.
"Toda a minha vida foi alterada em todos os aspectos. Minha família está sendo ameaçada", disse a atriz. O YouTube não atendeu aos pedidos feitos por ela para a retirada do videoclipe do filme, embora tenha bloqueado a acesso ao conteúdo em vários países onde os governos fizeram o pedido, como Paquistão, Afeganistão, Indonésia, Líbia, Arábia e Egito.
O videoclipe do filme levou a protestos em mais de 20 países. Entre os 30 vítimas fatais, estão o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, de 52 anos, morto no ataque de um multidão armada e enfurecida ao consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Outros três funcionários norte-americanos foram mortos na ocasião.
Cindy Lee Garcia afirma que não sabia que o filme seria ofensivo ao profeta Maomé e ao Islã quando recebeu o convite de Nakoula para interpretar um papel. No filme, Maomé é retratado como mulherengo, falso e molestador de crianças. Só a representação do rosto de Maomé, para os muçulmanos, já é considerada uma blasfêmia. A atriz afirma que o texto do filme não fazia nenhuma referência a Maomé ou à religião muçulmana e que os diálogos foram dublados após as filmagens. Ela achava que o filme era sobre a história de guerreiros do deserto no antigo Egito.
"Eu acho que é melhor tirar esse filme porque continuará a causar muitos problemas", disse a atriz. "Eu acredito que isso é degradante, desmoralizador".
Timothy Alger, advogado que representou o Google Inc. na audiência de hoje, disse que a empresa não pode ser responsabilizada pela negociação entre Cindy Garcia e os produtores do filme. Ele notou que a lei americana não determina que o videoclipe deva ser retirado do YouTube.
As informações são da Associated Press.