Desmond Tutu diz que Bush e Blair deveriam ser julgados pela guerra no Iraque
LONDRES, 2 Set 2012 (AFP) - O arcebispo sul-africano e prêmio Nobel da Paz, Desmond Tutu, afirmou ao jornal britânico Observer que o ex-presidente americano George W. Bush e o ex-premier britânico Tony Blair deveriam ser julgados na Corte Internacional de Haia pela guerra no Iraque, que se baseou, segundo o religioso, "em uma mentira".
Tutu explicou assim a razão pela qual não participou em uma conferência durante a semana em Johannesburgo, que contou com a presença de Blair.
O vencedor do Nobel da Paz considera que Blair e Bush "desestabilizaram e polarizaram o mundo a um nível nunca antes conhecido por nenhum outro conflito na história, com o espectro da Síria e Irã diante de nós".
Tutu cita números segundo os quais a decisão dos dois líderes levou a uma situação em que apenas no Iraque "6,5 pessoas na média morrem a cada dia em ataques suicidas e em explosões de veículos".
"Mais de 110.000 iraquianos morreram durante este conflito desde 2003, e milhões foram deslocados. Ao fim de 2011, 4.500 soldados americanos morreram e mais de 32.000 ficaram feridos", completou.
"Em um mundo coerente, os responsáveis por tanto sofrimento e pela perda destas vidas deveriam seguir os passos de seus colegas africanos ou asiáticos que tiveram que responder por seus atos em Haia", concluiu Tutu.
Tutu explicou assim a razão pela qual não participou em uma conferência durante a semana em Johannesburgo, que contou com a presença de Blair.
O vencedor do Nobel da Paz considera que Blair e Bush "desestabilizaram e polarizaram o mundo a um nível nunca antes conhecido por nenhum outro conflito na história, com o espectro da Síria e Irã diante de nós".
Tutu cita números segundo os quais a decisão dos dois líderes levou a uma situação em que apenas no Iraque "6,5 pessoas na média morrem a cada dia em ataques suicidas e em explosões de veículos".
"Mais de 110.000 iraquianos morreram durante este conflito desde 2003, e milhões foram deslocados. Ao fim de 2011, 4.500 soldados americanos morreram e mais de 32.000 ficaram feridos", completou.
"Em um mundo coerente, os responsáveis por tanto sofrimento e pela perda destas vidas deveriam seguir os passos de seus colegas africanos ou asiáticos que tiveram que responder por seus atos em Haia", concluiu Tutu.
AFP