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Presidente sul-coreano visita ilhas disputadas com Japão

10:00 | 10/08/2012
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, visitou nesta sexta-feira duas ilhotas que ficam entre o país e o Japão. A medida irritou Tóquio, que chamou de volta seu embaixador em Seul.

Lee chegou de helicóptero ao local e passou pouco mais de uma hora nas ilhotas. Ele rezou num pequeno cemitério e tomou chá com as duas pessoas que vivem em Dokdo durante um período do ano.

"Dokdo é realmente nosso território", disse Lee durante a visita, acrescentando que elas "valem o sacrifício de nossas vidas". Falando a um pequeno grupo de soldados sul-coreanos estacionados no local, Lee disse que "vamos ficar em guarda com orgulho".

A visita foi a primeira de um presidente sul-coreano às ilhotas que, segundo textos históricos dos dois países, durante muito tempo pertenceram à Coreia. A posse tornou-se tema de disputa após a colonização japonesa na península coreana, um século atrás.

Na noite de sexta-feira, em Tóquio, o primeiro-ministro Yoshihiko Noda afirmou que as ilhotas pertencem ao Japão "historicamente e pela lei internacional". "A visita é incompatível com a posição do Japão e, portanto, inaceitável", declarou Noda.

O Japão convocou seu embaixador em Seul, embora não se saiba por quanto tempo. Apesar de o Japão afirmar ter a soberania sobre as ilhotas, que chama de Takeshima, há anos Tóquio tenta minimizar a questão.

Lee iniciou sua presidência em 2008 tentando fazer o mesmo. Ele enfatizou o que chamou se relacionamento orientado para o futuro com o Japão e defendeu uma diplomacia discreta no que diz respeito a questão históricas, dentre elas a indenização para mulheres coreanas que foram forçadas a se tornar escravas sexuais para soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.

A apenas sete meses de encerrar seu mandato, Lee e seus diplomatas fizeram pouco progresso nas discussões sobre essas questões com Tóquio. Duas decisões do tribunal constitucional sul-coreano no último ano elevaram as pressões sobre Lee para compensar as vítimas do período colonial japonês.

As ilhotas têm uma área de dois ou três quarteirões e tem pouco valor econômico, mas políticos dos dois países costumam levantar a questão territorial para alimentar o sentimento nacionalista. As informações são da Dow Jones.

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