Problema humanitários crescem em Alepo
Helicópteros do regime atacam os rebeldes em diversos bairros da cidade mais populosa da Síria e seu principal centro comercial. Ativistas dizem que os bombardeios aleatórios forçaram muitos civis a fugir. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou na noite de domingo que cerca de 200 mil pessoas já deixaram a cidade.
"A situação humanitária aqui está muito complicada", disse Mohammed Saeed, ativista que vive em Alepo, para a Associated Press via Skype. "Não há comida suficiente e as pessoas estão tentando ir embora. Nós precisamos muito de ajuda de fora. Estão acontecendo bombardeios aleatórios contra civis", acrescentou ele.
A agência de notícias estatal da Síria afirmou que as forças do governo estão perseguindo "remanescentes de grupos terroristas armados" no bairro de Salaheddine e causando muitas perdas. O regime do presidente Bashar Assad costuma referir-se aos rebeldes como terroristas. Mas a oposição nega que o governo tenha conseguido entrar com seus tanques de guerra na vizinhança.
Os rebeldes capturaram alguns tanques do governo em operações contra posições do Exército no vilarejo de Anand, nos arredores da cidade. Saeed diz que eles planejam usar os veículos em operações futuras.
A tomada de Anand também abriu a estrada para a fronteira com a Turquia, onde os rebeldes conseguem grande parte de seus suprimentos e homens. Também é a principal rota para os refugiados que deixam Alepo.
De acordo com o gabinete do primeiro-ministro da Turquia, existem cerca de 44 mil refugiados sírios sendo abrigados em tendas e acampamentos ao longo da fronteira. Autoridades turcas afirmam que estão preparados para abrigar até 100 mil pessoas. A Jordânia iniciou a construção de um campo de refugiados perto da fronteira com a Síria. O governo do país disse nesta semana que 2 mil sírios estão chegando por dia. As informações são da Associated Press.