Netanyahu diz que ainda não decidiu se vai atacar o Irã
Mas o primeiro-ministro reafirmou "o direito de Israel de se defender contra qualquer ameaça à sua segurança e à sua existência". "O destino de Israel depende apenas de nós e de nenhum outro país, por mais amigo que seja", afirmou ele, referindo-se aos Estados Unidos.
Perguntado sobre relatos de que o Exército, a agência de inteligência Mossad e o serviço de segurança interno Shin Bet serem contrários a qualquer ataque sem o consentimento dos Estados Unidos, ele disse que "numa democracia, apenas líderes políticos decidem e os militares executam".
Ele lembrou que o então primeiro-ministro Menachem Begin deu sinal verde em 1981 para um ataque aéreo contra uma usina nuclear iraquiana "apesar da oposição dos chefes do Mossad e da inteligência militar". "Líderes políticos têm uma visão mais global e a eles cabe a responsabilidade suprema", afirmou Netanyahu em outra entrevista, desta vez ao canal 10.
Suas declarações foram feitas pouco antes da chegada a Israel do secretário de Defesa norte-americano Leon Panetta. O chefe do Pentágono disse em coletiva de imprensa no Cairo, antes de embarcar para Jerusalém, que compartilharia informações com Israel sobre o programa nuclear iraniano, embora tenha afirmado que não haveria discussões sobre "planos de ataque".
"Nós já discutimos e continuaremos a discutir a situação relacionada ao Irã e a ameaça que o país representa na região", disse Panetta durante a coletiva. "Eu acho que é errado dizer que vamos discutir potenciais planos de ataque. O que vamos discutir são várias contingências e como poderemos responder a elas", afirmou Panetta. As informações são da Dow Jones.