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Nações Unidas vão intensificar caçada a Kony

12:09 | 01/07/2012
Nações Unidas apela por apoio global a fim de equipar missão da União Africana (UA) que tem a função de caçar o senhor da guerra ugandês Joseph Kony, líder do Exército de Resistência do Senhor (ERS). Os 15 países do Conselho de Segurança da ONU ratificaram a estratégia das Nações Unidas para equipar por completo os soldados da UA até dezembro, a fim de capturar o senhor da guerra procurado desde 2005. A força terá 5 mil integrantes do Sudão do Sul , Uganda, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. Os soldados ainda carecem de recursos básicos como coturnos, mantimentos, meios de transporte e treinamento. Kony é acusado de aterrorizar o norte do Uganda por mais de 20 anos. Ele é procurado pela Corte Penal Internacional por crimes de guerra. Seu exército, ERS, é acusado de capturar crianças para serem usadas como soldados e escravos sexuais. "O ERS continua bastante perigoso e mantém a capacidade de infringir muito sofrimento às populações", disse o responsável das Nações Unidas para a África Central, Abou Moussa. Campanha tornou Kony celebridade Há alguns meses, as buscas pelo líder rebelde se intensificaram nas florestas da África Central. O interesse pela captura de Kony aumentou após a campanha da organização norte-americana "Invisible Children", que produziu um vídeo e postou no Youtube, denunciando as atrocidades cometidas pelo senhor da guerra. O vídeo foi assistido por dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo. O ERS estaria contando com uma força de 300 a 500 soldados, entre os quais várias crianças raptadas para servirem ao grupo armado. A metade destas crianças seriam meninas. Elas seriam obrigadas a se casar com integrantes do grupo e frequentemente abusadas sexualmente. Conforme a ONU, os rebeldes estariam a todo momento trocando de esconderijo nas matas da região central da África, e Kony tem ficado cada vez mais nervoso com o excesso de atenção. Joseph Kony tem mandado de busca expedido desde 2005. Os crimes mais graves cometidos pelo ERS teriam ocorrido nos anos 1990 no norte do Uganda. Desde 2005, o nível de violência do exército rebelde tem caído, e o grupo se retirou do Uganda. Kony comanda agora centenas de seguidores escondidos nas florestas. MP/dw/rtr/dap/afp/dpa Revisão: Francis França

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