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Funcionários públicos realizam protesto em Madri

10:31 | 13/07/2012
Funcionários públicos espanhóis foram às ruas de Madri, nesta sexta-feira, para protestar contra a mais recente rodada de medidas de austeridade fiscal anunciada pelo governo e contra a segunda redução do salário da categoria em dois anos. Cerca de 500 de manifestantes, alguns vestidos de preto em sinal de luto, deixaram o complexo ministerial em Madri, capital da Espanha, e bloquearam o tráfego.

Os trabalhadores, que já viram seus salários serem diminuídos em 5% em 2010, geralmente recebem 14 salários por ano. O governo quer cortar um pagamento extra normalmente feito antes do Natal. Funcionários do Ministério da Justiça na cidade de Valência, leste do país, gritavam "mãos para cima, isto é um assalto!" durante manifestação em repúdio à decisão.

Os cortes são parte do pacote anunciado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy que prevê enxugar 65 bilhões de euros do orçamento em 2015. O gabinete de Rajoy deve aprovar as medidas nesta sexta-feira. O plano, que também inclui aumento no imposto sobre vendas e revisão de benefícios, foi apresentado após os outros 16 países da zona do euro terem aprovado uma ajuda de 30 bilhões de euros para os bancos espanhóis.

Os funcionários públicos muitas vezes são ridicularizados na Espanha, vistos como preguiçosos com o benefício de emprego vitalício. Mas muitos ganham apenas 1 mil euros por mês. Isabel Perez, uma bibliotecário de 40 anos, que estava na praça Puerta del Sol durante a manifestação, disse que "nossos salários já foram diminuídos e agora eles querem tirar o pagamento de Natal. O extra dava algum alívio. Nós não somo exatamente milionários". Ela é ganha 1 mil euros por mês.

O sistema bancário espanhol está encontrando dificuldade de se financiar, sob o peso de empréstimos e ativos tóxicos vindos do colapso do mercado imobiliário em 2008. Investidores estão receosos de colocar dinheiro em bancos espanhóis, que estão sendo obrigados a voltar-se para o Banco Central Europeu em busca de financiamento. As informações são da Associated Press.

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