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Atiradores matam 15 em igreja na fronteira do Quênia

14:10 | 01/07/2012
Atiradores mataram dois policiais que faziam a segurança de uma igreja no Quênia, pegaram suas armas e abriram fogo contra uma congregação, matando 15 pessoas e deixando outras 40 feridas. Os dois homem entraram em uma modesta igreja de madeira na cidade de Garissa, enquanto outros dois esperavam do lado de fora, disse o comandante da polícia, Philip Ndolo. Quando as pessoas dentro da igreja começaram a correr do ataque, depararam-se com balas vindas dos homens que estavam do lado de fora. Também na cidade de Garissa uma outra igreja foi alvo de granada, onde três ficaram feridos.

"Estávamos concentrados na oração, nos preparando para dar nossas oferendas", disse um abalado paroquiano. "Ouvimos primeiro um forte barulho dos tiros do lado de fora, o qual pensamos que vinha do teto. Depois nos vimos diante de tiros que nos obrigaram a deitar no chão. Repentinamente havia um tiroteio por todos os lados. Todos gritavam e gemiam de dor", afirmou o homem.

O prefeito de Garissa, Ismail Garat, disse que "não estamos acostumados a ver esse tipo de ato", onde "pessoas atiram à luz do dia". "Realmente queremos saber quem são essas pessoas sem coração que fizeram isso", afirmou.

Ndolo afirmou que uma investigação deverá ser conduzida antes de acusar o grupo que muitas pessoas na região acreditam ser responsáveis por esse tipo de ataque, o al-Shabab, o grupo militante mais perigoso da Somália e com ligações ao al-Qaeda.

Os policiais faziam a guarda da igreja por causa do aumento da violência na região próxima à fronteira com a Somália e também porque os militantes islâmicos da Somália têm feito das igrejas cristãs um alvo comum.

Garissa é uma das maiores cidades do Quênia perto da fronteira com a Somália e fica próxima ao campo de refugiados somalis de Dadaab. Na sexta-feira, homens armados raptaram quatro trabalhadores internacionais do Conselho de Refugiados Noruegueses e acredita-se que foram levados para a fronteira da Somália.

Uma autoridade de segurança sugeriu que os homens vieram do campo de refugiados. As autoridades do Quênia têm dito há muito tempo que Dadaab e seus habitantes são uma ameaça à segurança do país. Eles desejam que o campo de refugiados vá para a Somália, mas não podem forçar que se movam sem romper com a lei internacional e causar a condenação internacional contra o país.

Regiões ao norte e ao leste do Quênia, além da fronteira com a Somália, têm sido alvo de uma série de ataques a armas e granadas desde o ano passado. Militantes atacaram uma igreja em Garissa em dezembro, deixando dois mortos. O Quênia enviou tropas para a Somália em outubro do ano passado para enfrentar os homens do al-Shabab. As informações são da Associated Press.

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